Estupro

Médico desligou sinal sonoro para não chamar atenção durante abuso

Primeira audiência do caso é marcada para 12 de dezembro

A defesa de Giovanni pediu à Justiça que o médico aguardasse o julgamento em liberdade. Justiça negou
A defesa de Giovanni pediu à Justiça que o médico aguardasse o julgamento em liberdade. Justiça negou |  Foto: Reprodução
 

A perícia do vídeo que mostra o médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra estuprando uma mãe, na sala de parto do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, concluiu que ele obstruiu as vias aéreas da vítima enquanto praticava o crime. Primeira audiência de instrução do caso foi marcada para o próximo dia 12 de dezembro. O processo tramita em segredo de justiça.

Na gravação, ao qual o Fantástico teve acesso e exibiu neste domingo (4), é possível ouvir os alarmes sonoros dispararem. A TV Globo apurou que os alarmes são do monitor multiparâmetro, que podem corresponder à queda de saturação de oxigênio da paciente.

Isso porque, além da sedação e da falta de máscara de oxigênio, apontou a perícia, Giovanni ainda obstruiu as vias aéreas da vítima durante o estupro.

O vídeo de 1h36 minutos de duração e o laudo da perícia apontaram que o barulho do alarme chamou a atenção dos médicos que estão na sala. No flagra, Giovanni leva a mão ao monitor e desativa o sinal sonoro, enquanto continua o estupro, que dura aproximadamente dez minutos.

Na sequência, o anestesista pega o mesmo pano que tinha deixado ao lado do rosto da mulher para limpar a cena do crime. Ele passa o resto da cirurgia sentado, olhando o celular.

A defesa de Giovanni pediu à Justiça que o médico aguardasse o julgamento em liberdade, alegando que ele é réu primário, tem endereço fixo e não oferece risco à ordem pública.

Além de alegar um histórico de quadro de transtorno psicológico na família e que ele estava usando medicamentos que aumentam a libido, o desejo sexual.

A Justiça negou todos os pedidos, afirmando que a liberdade dele oferece sim risco não só à ordem pública, mas ainda à vítima e às testemunhas.

audiência

O juiz Carlos Marcio da Costa Cortazio Correa, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti, negou em 1º de novembro, o pedido de revogação da prisão preventiva de Giovanni Quintella Bezerra.

Ele foi denunciado por estuprar uma mulher durante o parto no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O registro do crime foi feito pelo celular de uma das profissionais que acompanhavam a cirurgia.

O aparelho ficou escondido na parte interna de um armário localizado dentro do centro cirúrgico. Quintella foi preso em flagrante no dia 10 de julho e sua prisão foi convertida em preventiva após passar por audiência de custódia.  

Entre os pedidos apresentados pela defesa do anestesista, também estavam o reconhecimento da ilegalidade da prova obtida por captação ambiental e, por consequência, de ausência de justa causa em razão da inexistência de indícios da materialidade e autoria delitiva. Ambos foram rejeitados.  

Na decisão, o magistrado também marcou a primeira audiência de instrução do caso: 12 de dezembro. O processo tramita em segredo de justiça.

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