Histórico
Médico suspeito da morte de pensionista responde a outros processos
Mulher realizou cirurgia plástica em uma clínica na Barra
O cirurgião plástico Heriberto Ivan Arias Camach, suspeito pela morte da pensionista Lindama Benjamin, responde por mais quatro processos cíveis de outras cirurgias malsucedidas. Em uma das causas, o médico foi condenado a pagar R$ 68 mil ao paciente por danos morais e estéticos após uma mamoplastia, em 2014. As informações são do jornal "Extra'.
A condenação foi mantida em 2ª instância, mesmo após recurso. Naquele ano, a paciente realizou três cirurgias plásticas: implante de silicone, lipoaspiração e abdominoplastia. Ela pagou R$ 12 mil pelos procedimentos.
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Contudo, a mama direita da paciente apresentou problemas e ela precisou realizar uma nova cirurgia meses depois, ainda conduzida pelo cirurgião Heriberto Arias. Entretanto, o procedimento também não apresentou um bom resultado. Foi então que ela decidiu buscar um novo médico, que cobrou R$ 30 mil na cirurgia de reparação.
Um perito constatou os problemas que as cirurgias causaram na paciente. No parecer, consta: "mamas assimétricas com prótese de maior volume à direita, ausência de mamilo em mama direita. Cicatrizes de cor rósea em torno da aréola esquerda e no local que seria do mamilo direito. Na base da mama esquerda há reação inflamatória relacionada a absorção dos pontos".
"Os procedimentos cirúrgicos de fins meramente estéticos caracterizam verdadeira obrigação de resultado, pois neles o cirurgião assume verdadeiro compromisso pelo efeito embelezador prometido. Nas obrigações de resultado, a responsabilidade do profissional da medicina permanece subjetiva. Cumpre ao médico, contudo, demonstrar que os eventos danosos decorreram de fatores externos e alheios à sua atuação durante a cirurgia", diz a sentença do juiz João Felipe Nunes.
O médico foi condenado a pagar R$ 28 mil por danos materiais e R$ 40 mil por danos morais e estéticos à paciente. A defesa do acusado recorreu à segunda instância, mas os desembargadores da 9ª Câmara Cível negaram o pedido por unanimidade.
Por meio de nota, Heriberto Ivan Arias disse que não teve acesso ao atestado de óbito e que não pode falar sobre o procedimento por determinação do Conselho Federal de Medicina. Ele ainda lamentou a morte de Lindama, afirmando que a mulher foi "assistida por toda a equipe médica, sendo aplicadas todas as técnicas para reversão do quadro".
Entenda o caso
A Polícia Civil está investigando a morte de uma mulher após um procedimento de cirurgia plástica em uma clínica na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Lindama Benjamim de Oliveira, de 59 anos, morreu na última sexta-feira (11) e, segundo a família, o médico demorou para socorrer a vítima.
Lindama era moradora de Cabo Frio, na Região dos Lagos, mas veio para o Rio no intuito de realizar a cirurgia plástica no abdômen, no Hospital Vitée. O procedimento foi comandado pelo cirurgião Heriberto Ivan Arias Camacho.
De acordo com a família de Lindama, a cirurgia custou R$ 16 mil e a clínica foi indicação de um amigo da vítima. Já em relação ao médico, no site do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio, o registro dele consta como "ativo".
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