Revolta
'Minha filha vai crescer sem pai', diz ex de diretor executado
Thiago PQD, do Degase, foi sepultado em Cordovil
O corpo de Thiago Pereira da Costa, de 39 anos, diretor do Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Adolescente (Criaad), unidade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), foi sepultado na tarde desta terça-feira (22), no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
Centenas de amigos, familiares e colegas de trabalho do diretor, que era conhecido como Thiago PQD, foram se despedir. Uma salva de palmas e rodas de oração marcaram a cerimônia. Procurada, a família, que estava bastante emocionada, preferiu não se pronunciar. Ex-mulher da vítima, Ana Paula Rosa, com quem Thiago teve uma filha de 15 anos, passou mal e teve que ser amparada por amigos.
"Não é justo! Minha filha vai crescer sem um pai", gritou Ana Paula.
Thiago foi executado enquanto comprava materiais de construção para o Criaad, na Ilha do Governador. O diretor trabalhava há 10 anos para o Degase e, além da filha adolescente, deixa a mulher e um filho de 11 meses. A investigação sobre o caso está a cargo da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que aguarda imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os autores do crime.
Alerta
No dia 9 de fevereiro deste ano, Thiago havia sido alertado por um amigo sobre a possibilidade de ex-internos da unidade estarem tramando a sua morte. A conversa mostra que já na época Thiago corria perigo.
Na troca de mensagens, o amigo diz que ouviu uma conversa em que um menor contou que o diretor seria abordado assim que "desse mole". O amigo escreve ainda que já sabiam até o trajeto feito pelo diretor, que se mostra preocupado. "Aonde que eles deram esse papo aí?". A sugestão que o amigo deu para Thiago era que ele mudasse de rota sempre que fosse para casa.
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