
Monique Medeiros, ré no caso da morte de seu filho Henry Borel, foi afastada pela Secretaria Municipal de Educação. Ela, servidora concursada, havia entrado com um pedido de licença-médica de 60 dias.
A perícia do Instituto de Previdência e Assistência (Previ-Rio), no entanto, negou, nesta terça-feira (24), o pedido de Monique. Os peritos concederam apenas dois dias de licença à servidora, que alegou problemas de saúde mental para voltar ao trabalho.
O município também apura irregularidades no preenchimento da folha de ponto, o que resultou na abertura de um processo de sindicância para investigá-la.
O afastamento de Monique consta em um decreto do prefeito Eduardo Paes (PSD) publicado no Diário Oficial desta quarta-feira (25). O texto cita o artigo 186 do Estatuto dos Funcionários Públicos do Poder Executivo do Município do Rio de Janeiro que trata da suspensão preventiva para apuração de faltas. A suspensão preventiva é de até 30 dias, podendo ser estendida até 90 dias.

O secretário municipal de Educação do Rio, Renan Ferreirinha, se manifestou em suas redes sociais nesta quarta-feira (25) sobre o processo que investiga irregularidades na folha de ponto de Monique.
"Instauramos hoje [quarta] um novo processo administrativo para apurar em comissão de sindicância para apurar outras possíveis irregularidades, como por exemplo, inconsistências apresentadas em sua folha de ponto", comunicou.
Segundo Renan, a servidora continua recebendo salário. "Infelizmente, mesmo com o afastamento, ela continua recebendo salário, o que eu acho um absurdo, pagar para quem não trabalha", disse o secretário.
A mãe de Henry foi reintegrada ao trabalho há pouco de um mês após decisão judicial. A Secretaria Municipal de Educação, no entanto, a colocou no setor de Almoxarifado, sem a direcionar a qualquer unidade de ensino para contato com alunos da rede municipal de ensino.