Moradores do Jacarezinho reclamam de tiroteio no 'Dia das Mães'

Moradores vivem clima de insegurança no Jacarezinho | Foto: Marcelo Tavares

Moradores do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, denunciaram o clima de insegurança que atingiu a comunidade em pleno domingo de "Dias das Mães". Além de uma troca de tiros no local, que causou medo nos moradores, uma granada foi encontrada em uma rua próxima ao muro de uma casa ainda no sábado (13).

Nas redes sociais, diversos foram os moradores que reclamaram dos tiros. "Só tiro, só rajadão", escreveu uma pessoa na internet. Uma outra postou: "E os tiros no Jacarezinho continuam. Feliz dia das mães para quem? Não para as mães de favela."

A plataforma Fogo Cruzado confirmou diversas trocas de tiros na comunidade durante a noite da data comemorativa.

Tiros nas imediações da Beira, no Jacarezinho, continuam (20:37) #TirosRJ #FogoCruzadoRJ #Jacarezinho https://t.co/usAKt7dggg
— Fogo Cruzado RJ (@FogoCruzadoRJ) May 14, 2023

A Polícia Militar foi indagada e informou que não realizou nenhuma operação na comunidade nesta madrugada de segunda-feira (15). No entanto, na noite de domingo (14), policiais militares do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) estavam em patrulhamento nas proximidades do Largo da XV, quando foram atacados por disparos de arma de fogo e revidaram. Não houve relatos de prisões, apreensões ou feridos.

Na madrugada de sábado (13), dois homens foram mortos no Jacarezinho durante uma intensa troca de tiros entre policiais e traficantes. Os dois baleados chegaram a ser levados para o Hospital Salgado Filho, no Méier, entretanto não resistiram aos ferimentos e morreram. A PM confirmou que, na ocorrência, foram apreendidas uma granada, um revólver, uma pistola e várias cargas de entorpecentes. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

Granada é localizada na comunidade

A granada continuava no local nesta segunda (15) | Foto: Reprodução

Segundo informações de moradores, a granada foi localizada próxima ao muro de uma casa na Rua Darcy Vargas, na comunidade. O dono da residência seria um homem com deficiência visual. Nesta segunda-feira (15), o artefato continuava no local e causava medo nos moradores que vivem em constante clima de insegurança.