“Quando a guerra de vocês, criminosos, atinge o morador de bem, vira uma questão de honra ir atrás de vocês e fazer justiça”
A ordem de aviso veio da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG), que com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), fez diligência na tarde desta quarta-feira (19) na comunidade Santo Cristo, no Fonseca em Niterói, pela investigação envolvendo a morte do fotógrafo Thiago Freitas, de 32 anos, assassinado por traficantes da região, no último sábado.
De acordo com a Polícia Civil, 'passos importantes' já foram dados para identificar o responsável que fez o disparo na manhã do último sábado (15). A polícia já sabe que o traficante que fez o disparo é da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Poucas horas, após matar a vítima, a facção criminosa foi expulsa da comunidade por rivais ligados ao Terceiro Comando Puro (TCP), em mais um capítulo de guerra que vem sendo protagonizado pelos criminosos das facções nas últimas semanas.
Um outro passo na investigação foi o depoimento da fotógrafa Juliana Ferreira, esposa da vítima, que aconteceu na tarde desta quarta-feira. A polícia não divulgou o teor do depoimento da companheira de Thiago.
O fotografo foi morto com um tiro na cabeça após pedir para traficantes baixarem o volume do som durante uma festa irregular na comunidade. Nesse momento, os criminosos atiraram no fotógrafo, que chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal), mas não resistiu aos ferimentos.
O corpo de Thiago foi sepultado na tarde da última segunda-feira (17) no Cemitério Arquiconfraria Nossa Senhora da Conceição, no Barreto. A cerimônia contou com cerca de 120 presentes entre amigos e familiares da vítima. Ainda assustados com o ocorrido, os presentes preferiram não falar com a imprensa.
Thiago deixa esposa e uma filha de apenas 5 anos de idade.
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