Logo Enfoco


    Absurdo

    Morte macabra no Rio: homem assassina ex-mulher para ficar com genro dela

    Crime ocorreu em março; caso veio à tona 40 dias depois

    Publicado 06/06/2025 às 20:59 | Atualizado em 06/06/2025 às 21:21 | Autor: Enfoco
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Um mandado de prisão temporária por feminicídio foi expedido contra ele na última semana
    Um mandado de prisão temporária por feminicídio foi expedido contra ele na última semana |  Foto: Reprodução / Polícia Civil

    Um homem de 32 anos foi preso acusado de assassinar sua ex-companheira, identificada como Daniele Sanches, de 36. O crime, segundo a polícia, foi premeditado e teria como motivação o desejo do suspeito de manter um relacionamento com o namorado adolescente da enteada, filha da vítima. A prisão foi feita por policiais civis da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA).

    Segundo os investigadores, o assassinato ocorreu no dia 29 de março, em Santa Veridiana, sub-bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O caso só começou a ser desvendado cerca de 40 dias depois, quando o adolescente de 17 anos que à época do crime tinha 16 revelou à mãe detalhes do homicídio.

    Abusos e manipulação

    O acusado e Daniele começaram a se relacionar em 2019. Ela, mãe de filhos de outro relacionamento, passou a morar com o companheiro e teve mais um filho com ele, hoje com 3 anos. Testemunhas relataram à polícia que o relacionamento era conturbado, com diversas brigas e episódios de agressões físicas e psicológicas, especialmente contra os enteados.

    Ao portal G1, a delegada Ellen Souto, titular da DDPA, contou que o suspeito se mostrou uma figura manipuladora desde o início.

    “Ele se aproximou de Daniele com o objetivo de ter um filho e, ao longo do relacionamento, mantinha relações paralelas. O mais grave: inseriu um menor de idade na dinâmica familiar, criando um triângulo amoroso”, afirmou.

    Ameaças e clima de tensão

    Com a convivência, os conflitos entre o acusado e Daniele aumentaram. Testemunhas disseram que o homem passou a ameaçá-la frequentemente, especialmente após ela manifestar a intenção de deixar a casa com o filho do casal.

    Um mês antes do crime, Daniele saiu de casa com os filhos mais velhos e foi morar com a mãe, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ela teria comunicado ao acusado que entraria na Justiça para obter a guarda definitiva do filho caçula. Para a polícia, esse foi o estopim para que ele decidisse assassinar a ex-companheira.

    Encontro com vítima 

    A DDPA descobriu que o acusado mandou mensagens para Daniele e a convidou para um encontro íntimo, no entanto, segundo a polícia, o vendedor já teria tramado a morte da vítima e usado a história como pretexto para atraí-la. De acordo com depoimento do próprio vendedor, ele algemou e esfaqueou diversas vezes a vítima.

    O homem contou aos policiais que ele foi em casa, sujo de sangue, e pediu para que o namorado da enteada e um outro adolescente comprassem gasolina para queimar o corpo da mulher.

    Em seguida, o acusado disse que voltou ao local do crime e ateou fogo ao corpo de Daniele. Aos policiais, ele admitiu que voltou no matagal outras 3 vezes para incinerar os restos mortais da ex-companheira.

    O próprio acusado levou os agentes da DPPA até onde estariam os restos mortais de Daniele. No local, a polícia encontrou uma ossada que foi encaminhada para a perícia.

    Falsas mensagens e tentativa de enganar a família

    Após o desaparecimento de Daniele, o acusado começou a mandar mensagens para amigos e familiares da vítima, se passando por ela. Os textos pediam que ninguém a procurasse, o que levantou suspeitas do irmão da vítima já que ela costumava se comunicar por mensagens de áudio.

    Somente 40 dias depois, diante das mensagens estranhas, a família procurou a polícia e registrou um boletim de ocorrência por desaparecimento.

    Confissão parcial e alegações contraditórias

    O adolescente que morava com o acusado relatou que o homem chegou a mostrar imagens do crime e que, temendo por sua segurança, deixou a casa e foi para a residência da mãe. Lá, contou tudo o que sabia.

    Confrontado pelos policiais, o acusado teria inicialmente confessado o crime, mas tentou dividir a responsabilidade, afirmando que o menor também teria participado do plano. A polícia, no entanto, acredita que o homem agiu como autor intelectual e executor do assassinato. Um mandado de prisão temporária por feminicídio foi expedido contra ele na última semana.

    Tags

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Perseguição acaba em acidentes, carro em chamas e presos

    Próximo artigo
    >

    Grave acidente entre motos em estrada de Niterói

    Relacionados em Polícia