Logo Enfoco


    Covardia

    Motorista pode ter sido morto por recusar entrar em favela de SG

    José Paulo, de 58 anos, trabalhava por aplicativo há 7 anos

    Publicado 23/07/2024 às 11:06 | Atualizado em 23/07/2024 às 11:34 | Autor: Tiago Souza
    Ouça a reportagem
    Siga no Google News Siga o Enfoco no Google News
    Ele foi agredido por traficantes da Comunidade do Pombal, em São Gonçalo
    Ele foi agredido por traficantes da Comunidade do Pombal, em São Gonçalo |  Foto: Péricles Cutrim

    O motorista de aplicativo José Paulo dos Santos, de 58 anos, foi espancado até a morte na tarde desta segunda-feira (22) após fazer a última viagem. Ele foi agredido por traficantes da Comunidade do Pombal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. 

    Familiares da vítima acusam a passageira de ter contribuído para a morte de José Paulo, após ele ter se negado a entrar na comunidade. A Polícia Civil já investiga o caso.

    Leia+: Homem é agredido e morto em comunidade de São Gonçalo

    “Essa seria a última viagem dele. Ele sempre tinha costume de parar de trabalhar de tarde. Ele estava com uma passageira que pediu para ele entrar na comunidade. Ele sabe do perigo que corre em entrar em comunidade, por isso, ele não entrava e disse para a passageira que não iria entrar. Com isso, ela chamou os traficantes que levaram ele lá para dentro e o agrediram até a morte”, contou o enteado. 

    O enteado de José Paulo estava trabalhando quando viu a notícia no status do aplicativo de mensagens Whatsapp de uma conhecida. Ele reconheceu o carro do padrasto pela placa.

    “Foi tudo muito rápido. Eu estava trabalhando quando tudo aconteceu. Vi a foto no status de uma conhecida e pela placa confirmei com a minha mãe que era o carro do meu padrasto. Tiraram a vida de um trabalhador”, lamentou o familiar, que prefere não se identificar.

    Dor

    A esposa do motorista de aplicativo estava inconsolável no Instituto Médico Legal (IML) de Tribobó, na manhã desta terça-feira (23), durante a liberação do corpo. Ela teve que ser amparada pelo filho e uma amiga.

    Ainda segundo a família, José Paulo que morava em São Gonçalo, atuava no ramo há 7 anos e tinha o costume de não fazer corridas à capital por conta do medo da violência. Ele não trabalhava às segundas-feiras, mas desta vez decidiu fazer diferente.

    “Além de não entrar em comunidades, ele também não atravessava a Ponte Rio-Niterói”, confirmou o enteado.

    Após a Polícia Militar ter sido acionada, agentes da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) também estiveram no local para realização da perícia.

    Os familiares foram até o local do crime e conseguiram recuperar o carro, modelo prisma, de cor prata. O celular da vítima foi roubado.

    Tags

    Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco Grupo achados e perdidos do facebook Enfoco
    Achados e Perdidos

    Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!

    Entrar no grupo
    Artigo anterior
    <

    Descida da Ponte é fechada em Niterói

    Próximo artigo
    >

    Confiante no ouro, Rayssa Leal arrisca passinho em Paris; vídeo

    Relacionados em Polícia