Desespero

Mototaxista de São Gonçalo está sequestrado há quase um mês

Phillipe saiu para trabalhar no último dia 1º e não voltou mais

A família de Phillipe conta que chegou a receber um pedido de resgate de R$ 5 mil
A família de Phillipe conta que chegou a receber um pedido de resgate de R$ 5 mil |  Foto: Redes sociais
 

Os familiares do mototaxista Phillipe Prado de Oliveira, de 29 anos, estão vivendo quase um mês de angústia desde que ele desapareceu enquanto estava trabalhando. Ele saiu de casa no Mundel, em São Gonçalo, para trabalhar no dia 1º de fevereiro e nunca mais retornou. Depois disso, a família ainda recebeu uma ligação dele contando que tinha sido sequestrado, e que os criminosos pediam R$ 5 mil de resgate. 

“Ele saiu de casa no dia 1º de fevereiro, comeu, brincou com nossa filha, comentou sobre a festa de aniversário de 5 anos dela que seria agora dia 28 e saiu. Quando foi oito e pouca da noite, um colega disse que ele ligou pra ele chorando e avisando que tinha sido sequestrado. Que os 'caras' não estavam de brincadeira e que queriam um pix de R$ 5 mil. Ele também disse que não tinha sido agredido até então”, afirmou a esposa de Phillipe, a administradora Jéssica Britto Marvila, que está com ele há 10 anos. 

No entanto, por medidas de segurança do banco, não foi possível transferir a quantia dessa forma. Por volta das 3h da madrugada, os criminosos voltaram a entrar em contato pelo número de Phillipe e afirmaram que o tempo havia acabado. Desde então, a família não teve mais notícias dele, e ninguém informou que o viu mais. O GPS do celular dele marca que, após a ligação informando do sequestro, ele estava em Ipiíba, também em São Gonçalo. 

“Todo dia, minha filha pergunta sobre o pai, e a gente diz que ele está na rua comprando coisas pro aniversário dela, que foi a última coisa que ele disse pra ela. Meu sogro está desnorteado, minha sogra não come e não sai do quarto. Já fomos na delegacia e seguimos esperando, desde o dia 1º não temos nada. Meu marido sempre ajudou a todos, não tem problema com ninguém, não estamos entendendo o que houve. Ele não se droga, não fuma, a bebida dele é sempre planejada e pouco. Ele é regrado pela academia”, revelou ela que tem 32 anos. 

A rotina da casa de Phillipe não é a mesma até que ocorra o retorno dele. “Não teve Carnaval. Trabalhar tá sendo difícil. Estou vindo me arrastando porque a vontade que tenho é me isolar e esperar que um dia ele abra a porta e apareça. Quero que quem esteja com ele tenha a consciência que ele tem família, tem uma filha que chora todos os dias e ela mal quer ficar em casa sem o pai. Sempre fizemos festa em todos os aniversários da nossa filha. Esse ano não tem como, a madrinha dela falou que ia levar um bolinho lá no dia pra ela, mas não tem como. Qual motivo vou dar para a minha filha para o pai dela não estar presente nesse dia se ele sempre esteve?”, declarou Jéssica. 

O caso foi registrado inicialmente na 74ª DP (Alcântara) como extorsão mediante sequestro, mas depois foi encaminhado para a Delegacia Antissequestro, no Leblon. Procurada, a Polícia Civil ainda não deu atualizações sobre o caso.

Quem tiver qualquer informação, pode entrar em contato com o Disque-Denúncia pelo número 2253-1177. O anonimato é garantido. 

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