Medo
Movimentada rua de Niterói vira 'point' de assaltantes
Pedestres procuram andar em grupos para evitar riscos

Passar pela Rua Marechal Deodoro, uma das vias mais movimentadas de Niterói, tem se tornado um grande desafio, especialmente para quem precisa transitar pelo local durante a noite.
Em meio a relatos de assaltos e ao clima constante de medo, as pessoas que circulam pela região denunciam a frequência dos crimes e a sensação de insegurança. A situação é tão crítica que muitas evitam andar sozinhas e são orientadas a se locomover sempre em grupo.
De acordo com a mãe de uma estudante, que preferiu não se identificar, no dia 26 de agosto, por volta das 22h, a filha, que voltava da faculdade acompanhada de outras cinco colegas, foi perseguida por um homem armado com uma faca, que tentava assaltá-las.
"Um homem com uma faca em mãos correu atrás da minha filha e cinco amigas que estavam indo em direção ao terminal para pegar o ônibus de volta para casa", explica a mulher.
Isso se tornou rotina para quem circula pela região. Entre os estudantes há orientações para evitar andar com o celular na mão, preferindo guardá-lo no bolso, caminhar rapidamente pelas ruas e, sempre que possível, estar em grupos de cinco ou mais pessoas para se proteger contra crimes.
Ainda segundo relatos, a criminalidade não tem hora certa para agir. Mesmo antes das 18h, em uma rua cercada por comércios, há pontos onde a insegurança é evidente.

A universitária Ana Beatriz Viana, de 22 anos, relata que, certa vez, precisou correr ao perceber uma movimentação estranha, temendo ser assaltada.
Dois caras em uma moto voltaram pela contramão, e todos que estavam na rua saíram correndo. Não sabíamos se eles iriam assaltar, mas também não ficamos para descobrir. O que não faltam são relatos de assaltos na rua. Algumas amigas já presenciaram casos e precisaram se esconder para não perder seus pertences
Ana Beatriz também já presenciou um furto de bicicleta à noite, período em que a rua costuma estar com menos movimentação. Segundo ela, dois homens com um alicate cortaram a corrente que prendia a bicicleta a um poste.
"Levaram apenas a bike, mas a insegurança de que eles pudessem aproveitar para assaltar o grupo que estava na rua foi grande", explica.
O que diz a PM ?
Questionada sobre a falta de segurança na região da rua e os relatos de assaltos, a Polícia Militar informou que o combate aos roubos e furtos ao patrimônio público e privado tem sido uma das principais metas do comando da corporação. Segundo a nota, a prioridade é, além da redução dos índices criminais em todo o território fluminense, o aumento da sensação de segurança da população.
Além disso, a corporação destaca que a atuação obedece a critérios estratégicos e à análise das manchas criminais das regiões, sendo realizada de forma dinâmica e com maior mobilidade no emprego das equipes que atuam na repressão às ações criminosas.
A Secretaria de Polícia Militar relembra a importância do acionamento das equipes para casos imediatos através da Central 190 e do App RJ 190, assim como a importância dos registros dos crimes nas delegacias.
"Isso proporciona um direcionamento das análises das manchas criminais locais mais preciso e efetivo", explicou a PM, em nota.


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