Polícia

MP cumpre mandado em Niterói contra organização criminosa

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MPRJ atua por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Foto: Arquivo

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), deflagrou, nesta segunda-feira (22), a Operação Gárgula. O objetivo é cumprir três mandados de prisão e 27 de busca e apreensão contra a organização criminosa responsável pela movimentação financeira e lavagem de dinheiro do miliciano Adriano da Nóbrega, expedidos na última sexta-feira (18).

Nove pessoas, entre elas um sargento e um soldado da Polícia Militar, foram denunciadas junto à I Vara Criminal Especializada da Capital por crimes de associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro.

O Juízo responsável pela expedição dos mandados também deferiu o pedido do MPRJ de sequestro do Haras Fazenda Modelo, automóveis e bloqueio de bens de R$ 8,4 milhões, correspondentes ao valor mínimo constatado em movimentações pelos criminosos. Os mandados são cumpridos por promotores e agentes da CSI/MPRJ em diversos endereços na Capital, além de Niterói e Guapimirim.

A ação deflagrada é um desdobramento das investigações que culminaram na Operação Intocáveis I movida contra integrantes da milícia de Rio das Pedras, cujo líder era Adriano da Nóbrega, miliciano que também exercia forte influência sobre o grupo de matadores de aluguel conhecido como “Escritório do Crime” (Operação Tânatos). Desta vez, os denunciados são integrantes da rede de apoio de Adriano da Nóbrega, responsáveis por lavar o dinheiro obtido por ele em suas práticas criminosas.

Segundo o documento, sob comando de Adriano, os denunciados praticaram crimes de agiotagem e lavagem de dinheiro em favor do miliciano. As manobras visavam à ocultação e dissimulação da origem do dinheiro ilegal obtido através dos crimes perpetrados por Adriano.

Ainda segundo a denúncia, foi identificado, que a partir do ano de 2017 até 9 de fevereiro de 2020, os acusados atuaram na concessão de empréstimos a juros exorbitantes a terceiros (até de 22%), utilizando-se de empresas de fachada. O dinheiro investido para esses empréstimos era oriundo dos lucros auferidos pelo miliciano com as práticas criminosas da organização paramilitar em atuação na comunidade de Rio das Pedras e adjacências, além de seu envolvimento na contravenção.

Tais atividades lhe rendiam recursos significativos que justificam sua incompatível evolução patrimonial como ex-capitão da PM. Também de acordo com a investigação, a origem do dinheiro alocado para a concessão de empréstimos era dissimulada por essas empresas, com o auxílio dos agora denunciados, responsáveis pelas operações financeiras do miliciano.

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