Polícia
‘Muito medo de morrer’, diz vítima de sequestro iniciado em Maricá
"Na hora, fiquei com muito medo de morrer, muito mesmo. Passava um filme na minha cabeça”. O relato é de uma das vítimas do sequestro ocorrido na manhã desta terça-feira (20), que terminou com um prejuízo de mais de R$ 100 mil para uma família oriunda de Araruama, na Região dos Lagos do Rio.
De acordo com os integrantes da família (mãe, pai, filha e genro), eles estavam a caminho de Niterói para a realização de exames da filha. Durante o translado entre Araruama e Niterói, um grupo de quatro criminosos, a bordo de um veículo modelo Toyota Corolla, abordou o carro da família e sequestrou dois integrantes.
A partir deste momento, iniciou-se uma saga por vários bairros onde os criminosos obrigaram as vítimas a realizarem saques e transferências bancárias, causando um prejuízo superior a R$ 50 mil em contas bancárias. Além deste prejuízo, os bandidos roubaram também o veículo, modelo Toyota Hilux, utilizado pela família durante a abordagem.
“Um dos criminosos estava armado e nos ameaçava toda vez que a transferência falhava. Em um dado momento, eles colocaram um projétil na minha mão e na do meu marido e falaram: ‘isso aqui é a vida de vocês’. Eles chegaram a agredir o meu marido com uma coronhada e, depois disso tudo, deixaram cerca de R$ 100 para voltarmos para casa”, disse a filha do casal, que estava muito assustada com todo o ocorrido e abraçava o pai dizendo: “eu amo muito vocês”.
Na sede da Delegacia do Alcântara (74ª DP), onde o caso foi registrado, os familiares, ainda muito assustados com a ação criminosa, que durou cerca de uma hora, buscavam forças para seguir e aguardavam a chegada de uma familiar que iria buscá-los em São Gonçalo.
“Foi tudo muito assustador, mas graças a Deus, nada de mais grave aconteceu. O prejuízo financeiro nós vamos tentar controlar. Nossa vida está intacta e isso que temos que nos agarrar. Tudo não passou de um susto muito grande”, disse o pai, que preferiu não se identificar.
Após as transações bancárias e todo o terror psicológico, a família foi despejada em Monjolos, no município de São Gonçalo, de onde saiu e se encaminhou para a 74ª DP. O caso segue sob investigação dos agentes da distrital, que ficaram responsáveis pela identificação e localização dos envolvidos.
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