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    Investigação

    Mulher de Poze é alvo de operação contra lavagem de dinheiro do CV

    Ela é suspeita de envolvimento em esquema de R$ 250 milhões

    Publicado 03/06/2025 às 7:55 | Atualizado em 03/06/2025 às 8:20 | Autor: Enfoco
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    Segundo investigações, Vivi teria recebido cerca de R$ 898 mil oriundos de pessoas investigadas como laranjas de "Professor"
    Segundo investigações, Vivi teria recebido cerca de R$ 898 mil oriundos de pessoas investigadas como laranjas de "Professor" |  Foto: Reprodução/ Instagram

    A influenciadora digital Vivi Noronha, companheira do cantor MC Poze do Rodo, foi alvo de uma operação da Polícia Civil do Rio na manhã desta terça-feira (3). A ação investiga uma complexa rede de lavagem de dinheiro atribuída à alta cúpula do Comando Vermelho. O esquema era comandado por Fhillip da Silva Gregório, conhecido como 'Professor', que morreu no último domingo (1º). Vivi também é investigada por calúnia.

    Segundo a polícia, o esquema envolveu movimentação financeira de cerca de R$ 250 milhões. Agentes das delegacias de Roubos e Furtos (DRF), de Repressão a Entorpecentes (DRE) e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD) cumpriram mandados de busca em diversos endereços localizados no Rio de Janeiro e em São Paulo.

    A ação policial não tem ligação direta com o inquérito que resultou na prisão de MC Poze, detido na quinta-feira (29) por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. Embora a Justiça tenha concedido sua liberdade na segunda-feira (2), até o momento o artista permanecia sob custódia.

    Quanto à morte de “Professor”, as autoridades consideram que ela não está relacionada ao esquema de lavagem de dinheiro. A principal linha de investigação aponta para um possível suicídio após um desentendimento com uma amante.

    Por que Vivi está sendo investigada?

    Equipes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram mandado de busca no condomínio de luxo onde Vivi reside com MC Poze, no bairro do Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste da capital fluminense.

    Segundo relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), movimentações financeiras suspeitas foram identificadas nas contas de Vivi. O órgão aponta que ela teria recebido cerca de R$ 898 mil oriundos de pessoas investigadas como laranjas de "Professor", sendo R$ 858 mil direcionados à sua empresa e outros R$ 40 mil em sua conta pessoal.

    Funcionamento do esquema

    De acordo com as investigações, Fhillip da Silva Gregório, conhecido como “Professor”, foi o responsável por organizar uma sofisticada rede de laranjas e empresas fictícias usadas para movimentar recursos oriundos do tráfico de drogas. As quantias eram transferidas sistematicamente para contas vinculadas a intermediários localizados em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, com o objetivo de financiar a aquisição de armamentos e entorpecentes para o Comando Vermelho.

    A Polícia Civil ressaltou que a morte de “Professor” não prejudica o andamento das investigações nem compromete as decisões judiciais já determinadas. “Apesar do falecimento, sua relevância dentro da organização criminosa permanece evidente, especialmente no papel que exerceu ao fortalecer a cultura do tráfico e ao montar estruturas empresariais fraudulentas para dar aparência legal ao dinheiro ilícito”, declarou a corporação.

    Investigada por calúnia

    Vivi também passou a ser alvo de um inquérito por calúnia instaurado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A investigação foi iniciada após ela divulgar vídeos nas redes sociais acusando agentes de conduta indevida durante a operação que resultou na prisão do seu marido.

    Nos vídeos, Vivi afirma que algumas joias teriam desaparecido durante a ação policial. Ela relatou ainda que um dos agentes teria encerrado a operação ao encontrar uma bolsa de grife e que alguns braceletes também teriam sumido.

    Além das acusações sobre os supostos desaparecimentos, Vivi criticou o comportamento dos policiais, alegando que teriam sido agressivos com seus familiares.

    Embora MC Poze esteja sendo investigado por apologia ao crime e associação ao tráfico de drogas, Viviane não é alvo do inquérito que levou à prisão do cantor. Ainda assim, ela manifestou publicamente sua insatisfação com a maneira como a abordagem policial foi conduzida.

    Em nota, a influenciadora afirmou que o momento foi humilhante, desumano e cruel.

    "Não houve humildade, não houve compaixão por nós, pelos nossos filhos! É isso que vocês fazem: tiram a esperança do preto favelado. Nem o mínimo vocês tiveram — educação! Eu estava dormindo tranquilamente, no meu quarto, na minha casa, com a minha filha Júlia ao lado, e nem roupa eu pude trocar.

    Minha filha estava na cama, e vocês não queriam nem deixar que eu a pegasse no colo. É disso que vocês gostam: oprimir. O mínimo vocês não puderam fazer, né? Deixar o Marlon colocar um chinelo e uma blusa. Mas envergonhar e humilhar pesa mais, né?" disse em nota.

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