Fraude

Mulher sofre golpe de amiga e caso vai parar na DP de Icaraí

Psicopedagoga postou um vídeo desabafando em suas redes sociais

Após descobrir a fraude, Carla Chaves registrou o crime na delegacia
Após descobrir a fraude, Carla Chaves registrou o crime na delegacia |  Foto: Reprodução/Instagram

A psicopedagoga Carla Chaves contou em suas redes sociais, nesta quarta-feira (24), que sofreu um golpe de uma amiga de infância, acusada de falsificar um pedido médico e utilizá-lo para arrecadar dinheiro.

Na ocasião, Carla, a irmã e alguns amigos montaram uma campanha nas redes sociais para ajudar nos custos de uma suposta cirurgia neurológica para a conhecida, que seria no valor de R$ 2,5 mil.

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Comovidas, diversas pessoas ajudaram na ação e em menos de uma semana a beneficiada conseguiu arrecadar a quantia.

Mas segundo a psicopedagoga, mesmo com a meta atingida, a amiga continou pedindo mais dinheiro e para continuar compartilhando o pedido de ajuda em grupos.

Com isso, Carla desconfiou e encontrou uma campanha praticamente igual realizada pela mesma mulher, em fevereiro deste ano.

"Eu sofri um golpe de uma amiga de infância. Eu usei a minha rede social profissional para fazer uma campanha para uma amiga de infância, junto com um outra amiga minha também, e nós fizemos a arrecadação para essa pessoa. Me sinto confortável em fazer isso por que estou o final de semana todo tomando as medidas legais e digerindo essa situação. Eu estava fazendo uma campanha para uma cirurgia que, de fato, eu não sei se ela está doente", começou dizendo a psicopedagoga, em um vídeo postado em suas redes sociais. Veja o vídeo:

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Contato com médica

Indignada, Carla decidiu procurar a médica que teria realizado o suposto exame que teria constatado a doença na mulher. Através de um e-mail, a psicopedagoga explicou a situação para a médica, confirmou que o papel e o carimbo eram seus, mas a letra não.

Após descobrir a fraude, a médica, que não quis se identificar, denunciou o caso ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) e na Polícia Civil.

Ela me mandou os documentos, os laudos, os pedidos médicos, e nós percebemos um comportamento um pouco desajustado para a situação de alguém que está buscando recursos para uma cirurgia. Então, no pedido médico havia um e-mail e eu o encaminhei para a médica pedindo para que ela confirmasse a cirugia. Ela me respondeu que o receituário era dela, o CRM era dela, o carimbo também, mas que aquela letra não era dela Carla Chaves, psicopedagoga

Carla relatou que tentou entrar em contato com a mulher que aplicou o golpe. Ela respondeu afirmando que iria devolver o dinheiro, mas a bloqueou nas redes sociais e não retornou mais. Ainda segundo a psicopedagoga, o caso foi registrado na 77ª DP (Icaraí).

Segundo a Polícia Civil, em nota, "a investigação está em andamento e diligências estão sendo realizadas para esclarecer todos os fatos".

Por fim, Carla desabafou e alertou as pessoas a ficaram atentas para não sofrer golpes como este.

"Em toda situação nós precisamos tirar uma reflexão, e desta, eu tirei várias. Nós precisamos aceitar, digerir, entender, e tomar as medidas legais necessárias, sem usar a nossa empatia com quem está fazendo coisa errada. O que aconteceu foi um crime. Eu me sinto parte de um crime que eu não cometi”, finalizou a psicopedagoga.

O ENFOCO tentou contato com a psicopedagoga Carla Chaves, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta reportagem.

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