Justiça

Músico de igreja é preso em SG e família tenta provar inocência

Leonardo está no sistema prisional desde a última segunda (4)

Leonardo Antônio da Conceição Albertino trabalha como mecânico de bicicleta e está preso em Benfica
Leonardo Antônio da Conceição Albertino trabalha como mecânico de bicicleta e está preso em Benfica |  Foto: Reprodução

Familiares do mecânico de bicicleta Leonardo Antônio da Conceição Albertino, de 21 anos, alegam que ele foi preso injustamente, no último dia 4, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e tentam provar a inocência do jovem. 

A mãe Nádia da Conceição, de 42 anos, conta que o filho está sendo acusado de participação em um homicídio, no bairro Guaxindiba, também em São Gonçalo, no dia 13 de junho de 2022.

Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, o nome de Leonardo também aparece em um processo de roubo majorado. Ambas as denúncias tramitam na 1ª Vara Criminal de São Gonçalo. 

Evangélico, o rapaz é baterista da Primeira Igreja Batista Recanto das Acácias, no bairro Itaúna. Leonardo está há uma semana encarcerado no Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, segundo a família, por crimes que não cometeu. 

“Descobri que ele foi preso na segunda-feira à noite e fomos lá na terça de manhã. Demos o nome dele e foi informado que ele estava lá. Ele ficará preso, inicialmente, de oito a 15 dias, hoje faz oito dias. Estamos correndo contra o tempo", explica Nádia. 

Injustiça

Para Nádia, houve um grande erro da Justiça. Reunindo provas que inocentem o filho, ela clama para que o alvará de soltura seja dado a Leonardo.

"O meu filho estava trabalhando uniformizado. Foi uma grande injustiça, ele é um menino de muito caráter. Meu filho foi preso de tarde no trabalho dele, em Alcântara. Três policiais foram lá e prenderam ele. Não deixaram ele fazer nenhuma ligação para os pais. Agora eu estou mais centrada, divulguei nas redes sociais, para realmente as pessoas que conhecem meu filho ajudarem", denuncia.

O pai do rapaz, Leandro dos Santos Albertino, revela que no período do crime citado na denúncia, o jovem estava trabalhando. Ele disse, ainda, ter como provar.

"Temos o contra-cheque dele. Ele nunca foi apreendido e nem preso. Ele é um garoto que sai de casa para o trabalho e para a igreja. Ele é baterista da igreja. Estão acusando o meu filho de um crime que ele não cometeu. O delegado puxou a foto dele pelo portal e a testemunha falou que o autor do crime era meu filho. Eu, minha esposa e membros da igreja fomos ao presídio. Fomos informados que o juiz lá de dentro não revoga prisão de juiz aqui de fora. Eu não quero saber: meu filho é inocente. Eu quero que solte o meu filho. Nem barata ele gosta de matar”, disse Leandro.

De acordo com os pais, em seu tempo livre o hobby de Leonardo é pedalada.

Erro

A família levanta a possibilidade de confusão com o irmão dele por parte de pai, Marcos Antônio, que morreu em junho de 2021, e que tinha histórico criminal. Reconhecimento errado, por meio de uma foto do Detran, também é considerado.

Ainda segundo parentes, no processo consta que Leonardo é conhecido como Sabiá, apelido que era do irmão falecido. 

As datas dos acontecimentos também conflitam, já que em junho do ano passado, data do crime de homicídio, Sabiá já havia sido morto, conforme a família. A mãe de Leonardo diz que os irmãos não são parecidos fisicamente.

A Polícia Civil informou, em nota, que "a Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (Desarme) cumpriu o mandado de prisão, decretado pela Justiça. A representação pela prisão foi feita com base em investigação da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) e encaminhada ao Ministério Público, que ofereceu denúncia aceita pelo Poder Judiciário. O processo criminal seguiu o trâmite previsto em lei, sendo submetido aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. A instituição ressalta que não utiliza, de forma exclusiva, o reconhecimento indireto por fotografia como única prova em inquéritos policiais para pedir a prisão de suspeitos. O método, que é aceito por lei, é um instrumento importante para o início de uma investigação, mas deve ser corroborado por outras provas técnicas e testemunhais".

A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) ainda não se manifestou sobre as denúncias.

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