Insegurança

O endereço do medo: moradores de Niterói sofrem com assaltos

Suspeito é um homem que age sozinho e de moto no Fonseca

Rua Homero Pinho: medo e apreensão de moradores
Rua Homero Pinho: medo e apreensão de moradores |  Foto: Lucas Alvarenga
  

Moradores de ruas do bairro do Fonseca, na Zona Norte de Niterói, andam apreensivos com os inúmeros assaltos cometidos por homens em motos disfarçados de entregadores por aplicativos. 

As ações acontecem principalmente no período da noite na Rua Homero Pinho, na Travessa Expedicionário José Carlos e na Rua Leite Ribeiro. Segundo eles, há cerca de dois meses, um assaltante vem aterrorizando as pessoas que vivem na região. Ele intimida as vítimas com uma pistola, principalmente para roubar celulares. 

Há cerca de dois meses, um homem vem atuado e aterrorizando as pessoas que vivem na região
  

Uma jovem estudante de Direito, que preferiu não se identificar, contou que teve seu aparelho, além de anel, alguns cartões e documentos, levados pelo criminoso. 

“Eu estava botando a chave no portão de casa, chegando do trabalho, no início da noite, quando ele passou por mim. Eu dei boa noite, porque não sabia quem era, mas até então não sabia que ele ia tentar em assaltar. Foi aí que ele me pediu o celular, mas eu não entendi direito e dei boa noite novamente. Foi aí que me mostrou que estava armado. Só lembro que ele estava com roupa de entregador, em uma moto azul e com aquela mochila de entregador de aplicativo de comida. Nunca fui assaltada. Moro há dois meses ali e nunca tinha acontecido nada”, disse a vítima que registrou o caso na 78ª DP (Fonseca).

O assaltante teria tentado roubar outras pessoas na região, além de estabelecimentos comerciais, como um salão de beleza e uma farmácia. A ação foi flagrada por câmeras dos estabelecimentos. 

Ele me abordou tem umas semanas, sozinha. Pediu meu celular, que é isso que ele pede, mas eu estava sem nada, estava indo para a igreja. Ele viu minha aliança e quase pegou, mas desistiu e me deixou ir Tatiana Rodrigues, pedagoga
  

A pedagoga Tatiana Rodrigues, de 43 anos, revela que também foi abordada pelo criminoso.

“Ele me abordou tem umas semanas, sozinha. Pediu meu celular, que é isso que ele pede, mas eu estava sem nada, estava indo para a igreja. Ele viu minha aliança e quase pegou, mas desistiu e me deixou ir”, disse ela. 

Segundo eles, o homem é moreno, tem cavanhaque e bigode e utiliza capacete preto com listas brancas. 

Shirley da Cunha, de 58 anos, contou que a sensação de insegurança na localidade é constante.

“Eu moro aqui há 52 anos, quase minha vida toda, e nunca vi isso. Só vi assaltos esporádicos, normais. A rua fica deserta, sem policiais e eles se aproveitam. A situação está complicada e essa sensação de insegurança só cresce”, disse a empresária. 

Procuradas, as polícias Civil e Militar não enviaram resposta sobre as reclamações dos moradores. 

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