Polícia

Operação contra fraude no Sindicato dos Taxistas é realizada no Rio

Rio de Janeiro - Táxis parados fazem fila em frente ao Aeroporto Santos Dumont em primeiro dia com maioria das operações transferidas para o Galeão. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Rio de Janeiro - Táxis parados fazem fila em frente ao Aeroporto Santos Dumont em primeiro dia com maioria das operações transferidas para o Galeão. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil) |  Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
A investigação teve início com denúncias referentes às eleições de 2019, em que o grupo teria utilizado manobras fraudulentas para conseguir os votos necessários para o pleito. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Policiais civis da Delegacia da Praça da República (4ª DP) realizam, nesta quarta-feira (18), uma operação para apurar fraudes nas eleições do Sindicato dos Taxistas Autônomos do Município do Rio de Janeiro e suspeitas de desvio de dinheiro. Agentes cumprem sete mandado de busca e apreensão na sede da entidade, no Centro do Rio, e em residências de integrantes da diretoria, em bairros das Zonas Norte e Oeste.

Entre os alvos da ação estão o presidente da corporação, o vice-presidente, o tesoureiro e o ex-presidente, que são investigados por organização criminosa e falsidade ideológica. De acordo com as investigações, este grupo vem, ao longo dos anos, cometendo fraudes no processo eleitoral para se perpetuar no poder, fazendo apenas um rodízio dos seus integrantes nos cargos da diretoria.

A investigação teve início com denúncias referentes às eleições de 2019, em que o grupo teria utilizado manobras fraudulentas para conseguir os votos necessários para o pleito. Entre elas, a inclusão no processo eleitoral de sócios inaptos para votar, por não terem o tempo mínimo exigido de dois anos de sindicalizados ou por não estarem em dia com a contribuição sindical. Para dar um ar de legitimidade às fraudes, o grupo falsificou documentos e matrículas de taxistas.

De acordo com a titular da 4ª DP, delegada Patrícia Aguiar, outra manobra utilizada pelos investigados era inviabilizar a participação de chapas concorrentes nas eleições. Para isso, sempre que apareciam outros grupos, estes eram informados de que não poderiam apresentar suas candidaturas sob a alegação de que um ou mais componentes não estavam quites com a contribuição sindical, simulando mensalidades antigas em atraso.

“Os indícios e provas que temos revelam que os interesses desse grupo na administração da associação nada tem a ver com a verdadeira função de zelar pela classe dos taxistas”, afirmou a delegada.

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