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    'Torniquete'

    Operação prende 16 pessoas por roubo de cargas e carros no Rio

    Ação realizada na Vila Aliança apreendeu também 37 veículos

    Publicado 02/02/2023 às 13:55 | Atualizado em 02/02/2023 às 14:05 | Autor: Ana Carolina Moraes
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    Drogas também são apreendidas na operação
    Drogas também são apreendidas na operação |  Foto: Lucas Alvarenga

    Dezesseis pessoas foram presas e, pelo menos, 37 veículos foram apreendidos em mais uma edição da "Operação Torniquete", que está sendo realizada nesta quinta-feira (2) na Vila Aliança, em Bangu, Zona Oeste do Rio. A ação, realizada por agentes das Delegacias de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e outras especializadas da Polícia Civil, tem como objetivo identificar organizações criminosas que praticam o roubo de cargas e carros do Rio de Janeiro.

    Uma quantidade de maconha também foi apreendida na ação. A operação vai se desdobrar durante o resto do dia, por isso o saldo de apreensões e presos pode aumentar. 

    "Cumprimos hoje (quarta) diversos mandados de prisão na Vila Aliança, um local onde uma organização criminosa se esconde e realiza o roubo de cargas e automóveis em todo o Rio e leva esses produtos de crime para dentro da comunidade. Queremos desarticular essa organização criminosa”, disse o delegado titular da DRFC, Alessandro Petralanda. 

    Segundo o delegado Alessandro Petralanda, o grupo atua no Rio, Niterói e São Gonçalo
    Segundo o delegado Alessandro Petralanda, o grupo atua no Rio, Niterói e São Gonçalo |  Foto: Lucas Alvarenga

     Roubos no Rio, Niterói e São Gonçalo 

    Ainda de acordo com o delegado, os roubos acontecem em bairros da Zona Oeste, Zona Sul e na Zona Norte, além da Região Metropolitana, como em Niterói e São Gonçalo.

    “A operação continua durante o dia todo e teremos futuramente outras fases e informações de outras organizações criminosas que também praticam os mesmos tipos de crime”, explicou Petralanda. 

    Segundo o delegado Vinícius Domingos, são mais de 140 policiais civis das especializadas, além dos membros da Core, envolvidos na operação. Na ação, também estão sendo utilizados dois helicópteros e quatro carros blindados. 

    As investigações começaram depois da morte de um policial militar que resolveu fugir do engarrafamento com seu carro na Vila Aliança e na favela Cavalo de Aço, em Senador Camará. Ele acabou sendo alvejado por criminosos na ação e não resistiu. Depois, um motorista de caminhão, que trazia uma mudança de Minas Gerais, foi baleado na cabeça. Ele chegou a ser socorrido e levado em estado grave para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz. Os casos ocorreram no final de novembro do ano passado.

    Em dezembro, informou ainda Domingos, a primeira fase da "Operação Torniquete" foi realizada no Complexo do Lins, também na Zona Norte carioca. 

    A ação tem este nome para fazer referência a torniquetes, com o objetivo de asfixias às quadrilhas. Entre os criminosos presos, há os que foram detidos em flagrante e outros nos quais foram cumpridos mandados de prisão. 

    “Os mais de 30 veículos recuperados estão passando por perícia. Eles eram roubados e clonados. Agora estão passando por perícia e depois seguirão para o Pátio Legal para, posteriormente, serem devolvidos às vítimas. Estamos deflagrando essa operação desde dezembro de 2022 e vai continuar ao longo de 2023, visando às quadrilhas que são as maiores responsáveis pelo delito de roubo e que levam violência ao cidadão Fluminense”, disse Domingos. 

    Os criminosos que são alvos da ação são perigosos e violentos. “Durante os roubos de automóveis e cargas, o intuito inicial dos criminosos é auferir o bem, mas como a vítima esboça reação e demora a entregar, muitas vezes os criminosos retiram a vida das vítimas. Estes são crimes gravíssimos de latrocínio, e é o que visamos coibir”, completou o delegado Vinícius Domingos. 

    BASE DA QUADRILHA

    A Vila Aliança é atualmente um local que serve como base operacional de uma facção criminosa e fornece armamentos para a prática de roubos de veículos e cargas em todo o Rio. A comunidade também distribui produtos roubados. 

    Na comunidade também ocorre a revenda e o armazenamento de cargas roubadas, a clonagem dos veículos para a posterior revenda ou troca, o desmanche dos veículos para vender as peças, uso dos carros roubados para o deslocamento das quadrilhas para cometer outros crimes e manter as vítimas sequestradas em cativeiro. 

    Ferido 

    Durante a operação da Polícia Civil, a PM reforçou o policiamento no local. Agentes do 14º BPM (Bangu) foram atacados por criminosos, eles reagiram e houve uma troca de tiros. Um homem foi ferido e levado para o Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Zona Oeste. Junto com ele, foi encontrado um radiocomunicador e um fuzil, segundo a Polícia. 

    Ainda de acordo com a Polícia, os criminosos estão reagindo à operação e, além de tiros, eles também estão usando ônibus e colocando fogo em objetos para impedir que os agentes prossigam no local.

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