Investigação
Padrasto confessou ter dado nove socos em bebê morta em Niterói
Kassio Silva de 22 anos foi preso no domingo (20)
A pequena Anna Rebeka de Souza Bras, de 2 anos, morreu após levar, pelo menos, nove socos pelo corpo. O ENFOCO confirmou que a menina foi golpeada na barriga, cabeça, peito e costas.
A morte da criança foi constatada no sábado (19) por médicos do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, no Fonseca, em Niterói. O padrasto, principal suspeito do crime, foi preso no domingo (20) e confessou.
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Foi o perito do Instituto Médico Legal (IML) do Barreto quem acionou policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói após constatar que as lesões no corpo de Anna poderiam ter sido causadas por agressões.
Em depoimento, Kassio Silva Alves de Freitas, de 22 anos, informou que ele e a mãe da criança possuem uma relação de dois anos, estável e sem brigas. Os dois estão esperando por mais um bebê.
Kassio e a mãe de Anna tinham o costume de a deixar com uma babá em casa para poder trabalhar. Testemunhas afirmam ainda que ele era considerado um bom padrasto e que Anna o considerava como pai da menina.
O acusado, por sua vez, disse que nunca bateu na menina e que tinha costume de apenas deixá-la de castigo quando algo de ruim acontecia.
Segundo Kassio, no dia 18 de agosto, ele estava dando banho na menina quando Anna fez pirraça e ele deu os primeiros socos na barriga dela. Foi quando a criança caiu no chão do box, bateu a cabeça e ficou com um galo.
Ele afirmou que chegou a dar mais socos na cabeça da criança. Depois, ele a agrediu novamente porque a criança não queria comer. A menina dormiu após um tempo e a mãe a encontrou no dia seguinte sem sinais vitais.
Foi quando o casal tentou reanimar a menina, sem sucesso, e a levou para o hospital, onde a criança já deu entrada sem vida. Ele ainda tentou mentir para os policiais antes de falar o ocorrido.
O acusado disse também que os socos no peito e nas costas foram dados para que a criança fosse reanimada, já que estava com ânsia de vômito antes de dormir, segundo Kassio. Ele ainda a teria segurado pelo pescoço.
O acusado justificou a agressão dizendo ter sido a primeira vez e que não queria tirar a vida da criança, apenas com a intenção de corrigi-la. No momento das agressões, a mãe da bebê estava trabalhando.
Kassio ainda contou que ouviu a criança falando sozinha de madrugada ao levantar para beber água, afirmando que Anna estava viva de noite.
Sobre o caso, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "a criança deu entrada na emergência pediátrica do Hospital Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, já em óbito e com rigidez do corpo. A equipe da unidade seguiu os protocolos para casos suspeitos de violência e encaminhou o corpo para o Instituto Médico Legal (IML)."
A prisão
O acusado foi preso por homicício qualificado. Contra ele, foi cumprido um mandado de prisão temporária pelo crime. Inicialmente, o caso ficou com os policiais da 78ª DP (Fonseca), que verificaram evidências de homicídio, acionando a Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo (DHNISG).
O acusado foi preso e será levado para o sistema prisional, onde ficará à disposição da Justiça.
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