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    Investigado

    Padrasto é acusado de estupro contra menina de 7 anos em São Gonçalo

    A mãe da vítima nega que os abusos tenham acontecido, diz o pai

    Publicado 14/03/2025 às 17:48 | Atualizado em 14/03/2025 às 19:25 | Autor: Sofia Miranda
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    O caso está sendo investigado na 72ª DP (Mutuá)
    O caso está sendo investigado na 72ª DP (Mutuá) |  Foto: Lucas Alvarenga

    Uma menina de 7 anos teria sido de vítima de estupro por parte do padrasto, de 39 anos, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. O caso veio à tona durante o feriado do Carnaval deste ano, quando a criança relatou os abusos à tia paterna, que decidiu denunciar o caso à polícia. A mãe da menina, que está grávida do acusado, nega a veracidade das acusações e continua em relacionamento com o suspeito, de acordo com os familiares paternos da vítima. 

    De acordo com o marido da tia da criança, a menina revelou os abusos durante uma conversa com sua esposa. "Ela disse que não gostava do padrasto e, quando insistimos, ela ficou com vergonha porque o pai estava perto. Ficou se negando a falar naquele jeitinho de criança e disse que contaria à minha esposa’’, revelou o homem. 

    Em conversa reservada com a tia, a criança relatou que havia sido abusada mais de uma vez. Segundo a tia, a criança contou que o padrasto a levou para o quarto da mãe, praticou sexo oral em duas ocasiões e mandou que a menina não contasse a ninguém. A menina não soube precisar, no entanto, quando ocorreram os abusos. 

    A criança também teria compartilhado o ocorrido com a avó e outra tia, que orientaram que ela não falasse sobre o assunto para não prejudicar a gravidez da mãe, ainda de acordo com a tia paterna. 

    ‘’Ela disse que contou para a tia que mora no apartamento em frente ao da mãe, que mandou ela ficar lá até a mãe chegar. Aí contou para avó materna e ela (a avó) disse pra não contar para a mãe até que o bebê nascesse, para não prejudicar a gravidez da mulher’’, explicou a tia para quem a menina relatou os abusos.

    A tia paterna também relatou que a criança pediu à mãe para terminar o relacionamento com o padrasto, mas a mãe teria se recusado, alegando que o amava. 

    Aspas da citação
    Ela contou para a mãe, que disse que brigaria com ele, mas continuou com ele, postando fotos e vídeos nas redes sociais
    tia paterna da vítima
    Aspas da citação

    A mãe da criança ainda bloqueou o pai, a tia paterna e o marido da tia nas redes sociais.

    Após a denúncia, a tia da vítima foi até a delegacia com a criança registrar o abuso. Uma medida protetiva foi expedida, e a menina está sob a custódia do pai biológico, que informou sobre o estado psicológico da filha.

    ‘’Ela anda muito estressada, mas está recebendo apoio. Hoje (sexta) mesmo eu já levei ela na psicóloga e na fonoaudióloga’’, contou o pai. 

    Ainda segundo o pai da vítima, a mãe da criança foi questionada quanto ao abuso e disse que ''foi mentira''.  Sobre o padrasto, o pai da vítima afirmou que nunca havia o visto pessoalmente.

    O padrasto também foi proibido de se aproximar a menos de 500 metros da vítima. A família teme pela segurança da criança e decidiu divulgar o caso publicamente.

    "Nosso medo é que ele tente algo contra ela. Queremos que isso seja noticiado para que ela esteja protegida. Daqui a pouco a garota some, vai ser mais um Henry Borel da vida. A gente não quer que isso aconteça", disse o tio paterno. 

    A família acionou também o O Conselho Tutelar, que encaminhou o caso para o Núcleo de Atenção à Criança e Adolescente (Naca), ligado ao Movimento de Mulheres de São Gonçalo (MMSG), onde a criança deverá receber atendimento multiprofissional.

    O caso foi registrado inicialmente na 74ª DP (Alcântara) pelo crime de violência doméstica e familiar contra a criança e o adolescente, previsto na lei nº 14.344. O caso foi posteriormente encaminhado à 72ª DP (Mutuá), onde segue sendo investigado. A criança também foi submetida a exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), cujo o resultado ainda não ficou pronto. 

    Questionada, a Polícia Civil não respondeu sobre o andamento das investigações do caso até a publicação desta reportagem. 

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