Reforço

Para tentar conter violência, PRF irá patrulhar a Avenida Brasil

Decisão faz parte do pacote de medidas de segurança do governo

Reforço policial foi pedido um dia depois de ataque com bombas em ônibus
Reforço policial foi pedido um dia depois de ataque com bombas em ônibus |  Foto: Arquivo/Enfoco

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) começará a patrulhar a Avenida Brasil, umas das principais vias expressas do Rio de Janeiro, a decisão foi tomada pelo Ministério da Justiça, nesta quinta-feira (28), um dia depois que criminosos jogaram uma granada em um ônibus, com passageiros, na altura de Barros Filho.

Foi orientado para a PRF que o policiamento seja ostensivo, visando evitar tentativas de arrastões e roubos de cargas. Mesmo com a via sendo administrada pela prefeitura do Rio, a via, que liga o Centro do Rio a Santa Cruz, faz ligação com três trechos de rodovias federais, a BR-101, BR-116 e BR-040.

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Atualmente, a Avenida Brasil ficou a cargo do patrulhamento feito pela Polícia Militar, no entanto, o ministro da Justiça, Flávio Dino, deseja que a PRF assuma a rodovia de “ponta a ponta”.

Essa decisão sobre a atuação da PRF, faz parte do pacote de medidas do governo federal, em um apoio à segurança no Rio. Além disso, o Ministério da Justiça, ofereceu também ajuda da Força Nacional de Segurança para que seja reforçado o combate ao crime organizado no Complexo da Maré.

De acordo com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que se reuniu nesta sexta (29), com o governador do Rio, Cláudio Castro, os agentes da Força Nacional virão para o Rio, no entanto, não haverá ocupação. Segundo Castro, a Polícia Militar, realizará incursões diárias nos conjuntos de favelas, junto dos federais.

Mil pedidos de prisão apresentados

A Polícia Civil apresentou ao Governo Federal nesta sexta, os 1.1 mil pedidos de prisão de traficantes da Maré, esse resultado das investigações dos últimos anos. As autoridades do Rio visam montar uma estrutura conjunta, para que todos os mandados sejam cumpridos.

Presente na reunião, Capelli declarou que irá lançar “um programa nacional de enfrentamento às organizações criminosas”.

“Essa é uma questão interfederativa, onde o governo federal vai atuar fortalecendo a presença nos portos, nos aeroportos, nas fronteiras. É a missão central nossa, mais em perfeita harmonia com os estados”, explicou.

“Se o crime está cada vez mais organizado e estruturado no país, o poder público precisa estar também cada vez mais integrado para combatê-lo. É um desafio nacional”, emendou o secretário-executivo.

Sobre as investigações na Maré, Capelli disse: “Aquelas imagens que a gente viu são inaceitáveis. Treinamento de guerrilha urbana à luz do dia, criminosos andando com fuzis ponto 50, à luz no dia, não é aceitável em nenhum lugar do mundo”.

No começo desta semana, Castro afirmou que a polícia tem poder de fogo para entrar na Maré. “O próximo passo agora é prendê-los, tirar os líderes de circulação. Recentemente encaminhamos diversos líderes para presídios federais”, disse Castro.

“Acho que é possível entrar lá e prender quem tiver que prender, no nosso governo não há lugar onde o estado não entre”, concluiu.

Já em Brasília, o ministro da Justiça comentou sobre a situação e pediu “Você tem com calma, mensurando os alvos e fazendo as operações. É uma situação crônica, no caso do Rio, desde os anos 1980. Não adianta achar que vai virar em um mês porque esse foi o fracasso da GLO, da intervenção federal”, disse Flávio Dino.

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