Investigação
Pastor é preso em SG acusado de participar de ataque em Brasília
Atila Mello foi capturado nesta quarta-feira (28)
Um apoiador radical do presidente Jair Bolsonaro (PL), que se apresenta como pastor, foi preso nesta quarta-feira (28) em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Atila Mello é acusado de participar de atos de vandalismo, em Brasília, no início do mês. Foi o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quem determinou a detenção.
No último dia 12, segundo as investigações, apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram da invasão de um prédio da Polícia Federal, após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante decretada por Moraes. No ato, carros e ônibus também foram incendiados.
Os atos de vandalismo ocorreram faltando 20 dias para a posse de Lula e do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
Antes mesmo das forças de segurança pública conseguirem pôr fim ao tumulto, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino, se reuniu com o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo.
Após a reunião, os dois deram declarações a jornalistas. Dino disse que alguns manifestantes confundem liberdade de expressão com direito de cometer crimes.
“Há pessoas que, infelizmente, desejam o caos antidemocrático e ilegal? Sim, há. Só que essas pessoas não venceram e não vencerão amanhã. Este é o sentido principal da nossa mensagem: tranquilidade. Temos plena confiança nas garantias do governo do Distrito Federal”, afirmou Dino.
Operação Nero
A Operação Nero acontece nesta quinta-feira (29) com o objetivo de identificar e prender outros envolvidos na tentativa de invasão ao Edifício-Sede da PF no dia 12 deste mês e de praticarem outros atos criminosos na mesma data pela capital federal, como a depredação à 5ª Delegacia de Polícia, além de incêndios criminosos contra veículos e ônibus.
Policiais federais e civis cumprem 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal.
As investigações tiveram início na Polícia Federal, para identificar os envolvidos no ataque ao Edifício-Sede da instituição, e na Polícia Civil do Distrito Federal, a qual apurou os atos de vandalismo cometidos em Brasília.
Os suspeitos teriam tentado invadir a sede da PF com o objetivo de resgatar um homem preso pela instituição no dia 12. Após serem frustrados, teriam dado início a uma série de atos de vandalismo pela cidade. As duas investigações foram encaminhadas, em razão de declínio de competência, ao Supremo Tribunal Federal.
O conjunto da investigação buscou identificar e individualizar as condutas dos suspeitos de depredar bens públicos e particulares, fornecer recursos para os atos criminosos ou, ainda, incitar a prática de vandalismo.
Os crimes objetos da apuração são de dano qualificado, incêndio majorado, associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, cujas penas máximas somadas atingem 34 anos de prisão.
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