Dor
'Perdi meu amor', diz viúva do engenheiro morto em Niterói
Corpo de Charles foi sepultado nesta quarta em São Gonçalo
"Perdi o grande amor da minha vida", escreveu, em suas redes sociais, a viúva do engenheiro Charles de Oliveira Costa, de 52 anos, cujo corpo foi sepultado na tarde desta quarta-feira (2) no cemitério Parque Nicteroy, no Laranjal, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Ele foi a segunda vítima do ataque a tiros ocorrido em um bar na Ponta da D’Areia, em Niterói, no último sábado (29). Emocionada, Ligia Costa precisou ser amparada por familiares no enterro. Cerca de 100 pessoas participaram da despedida.
O vereador Adriano Boinha (PDT), que também esteve no sepultamento, disse que está articulando com o 12º BPM (Niterói) a instalação de uma cabine policial na Ponta D'Areia para garantir a segurança dos moradores, que foram surpreendidos com o ataque de sábado.
"Embora a segurança pública seja uma responsabilidade do Governo do Estado, é fundamental seguirmos engajados junto ao poder público municipal para garantir reforços na nossa cidade", disse o parlamentar informando ainda que teria, ainda nesta quarta, uma reunião com o comandante do 12º BPM, o tenente-coronel Aristeu Góes.
Outros amigos de Charles de Oliveira Costa também lamentaram a morte do engenheiro. "O sonho dele era morar novamente na Ponta D'Areia. Ele era uma pessoa de bom coração. Podia ligar para ele a qualquer hora que ele atendia. O último contato com ele foi pelo grupo de WhatsApp. Todo sábado a gente jogava futebol e depois se encontrava na Ponta D'Areia para fazer uma resenha, mas nesse dia ele não foi para o futebol e só foi para lá para o churrasco", disse um amigo que preferiu não se identificar.
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Charles trabalhava na Empresa Municipal de Moradia, Urbanização e Saneamento (Emusa) que, em nota, também lamentou o ocorrido. “A Emusa lamenta profundamente a morte de Charles de Oliveira Costa, que trabalhava como engenheiro na instituição. Profissional competente, ele contribui enormemente com a empresa". O engenheiro deixou dois filhos.
Marcas da violência
A equipe do Enfoco esteve no bar, na tarde desta quarta mas o estabelecimento estava fechado. Em uma das portas, era possível ver cinco perfurações de tiros. Os buracos feitos pelos projéteis estavam com marcações do trabalho pericial. No estacionamento do bar, ainda estava o carro do agente penitenciário Elder da Silva Ribeiro, de 54 anos, que foi a outra vítima da ação criminosa e morreu no local.
O ataque
Criminosos divididos em duas motocicletas subiram a Ladeira Maria das Dores e se dirigiram para o bar que fica na altura do número 603. No local, os clientes estavam em um churrasco. Durante o momento de diversão e conversa, todos foram surpreendidos por tiros efetuados pelos criminosos que fugiram após o crime sem levar nada.
O agente penitenciário Ribeiro foi atingido por diversos tiros e faleceu na varanda do estabelecimento. Ele era lotado no presídio Henrique Roxo, em Niterói.
Equipes do 12° BPM (Niterói) foram acionadas ao local e apreenderam as duas pistolas pertencentes aos dois agentes de segurança. A área foi preservada e a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí foi acionada no local.
O subtenente da Polícia Militar Luiz André Silva Gonçalves, que é lotado no 12° BPM (Niterói), também foi baleado. Ele foi levado para o Complexo Hospitalar de Niterói. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Os outros baleados foram Fabrício Martins Pereira, de 48 anos, Vinicius Barbosa Bessa, de 41 anos, e Carlos Alberto Teixeira, de 45, que já receberam alta do Hospital Estadual Azevedo Lima (Heal).
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