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    'Sem Mega'

    PF mira empresa que fazia 'Big Brother' para o tráfico no Rio

    Agentes também cumprem mandados em Nilópolis e na capital

    Publicado 04/05/2023 às 8:53 | Autor: Enfoco
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    Policiais federais em uma das casas
    Policiais federais em uma das casas |  Foto: PF

    A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta (4), a operação "Sem Mega", contra uma empresa de internet acusada de monopólio pelo tráfico de drogas de Angra dos Reis, na Costa Verde Fluminense. 

    Segundo a polícia, os traficantes proibiam outras empresa de entrarem na região, configurando um monopólio do serviço. Além disso, havia também câmeras instaladas em locais estratégicos para que os criminosos pudessem monitorar a movimentação de policiais. 

    Na ação, cerca de 60 agentes cumprem 14 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Angra dos Reis, em endereços localizados no município e também em Nilópolis e na cidade do Rio.

    De acordo com as investigações, iniciadas em setembro do ano passado, uma fornecedora de internet teria se associado a traficantes locais com o intuito de impedir que outras empresas instalassem serviços de telecomunicação e internet nas comunidades de Angra dos Reis/RJ.

    Em contrapartida, a empresa instalava câmeras para os integrantes do tráfico, que permitia o monitoramento de policiais na região. 

    De acordo com as investigações, os traficantes retiravam e danificavam os equipamentos de outras empresas para possibilitar que a fornecedora investigada instalasse seus aparelhos, configurando um monopólio na prestação dos serviços de telecomunicação nestas comunidades.

    Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas, extorsão, lavagem de dinheiro e internet clandestina. Se somadas, as penas máximas dos crimes podem chegar a mais de 30 anos de reclusão.

    O nome da operação, “Sem Mega”, consiste em um trocadilho entre o pacote básico fornecido pela empresa investigada, de 100 megas de internet, e o fato de que os moradores ficavam sem internet devido à retirada dos equipamentos de outras fornecedoras por parte dos traficantes.

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