Polícia
PF realiza operação contra crimes eleitorais no Rio
A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Sólon que visa apurar a prática do crime de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro conexos à crimes eleitorais.
A ação conta com a participação de aproximadamente 85 Policiais Federais, sendo cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em residências, comitês de campanhas e empresas ligadas aos envolvidos.
Foi identificado que integrantes de uma das maiores milícias do Rio de Janeiro estariam almejando cargos no Legislativo e no Executivo, nas eleições de 2020, para retomar poder que possuíam na Zona Oeste do município.
Além disso, através da análise dos Relatórios de Inteligência Financeira (Rifs), verificaram-se movimentações financeiras atípicas nas empresas ligadas aos investigados, sendo que tais valores possivelmente seriam destinados no gastos de *campanhas eleitorais.
Os mandados foram expedidos pela 16ª Zona Eleitoral, especializada na prática de crimes praticados por organização criminosa (Lei nº 12.850/2013), de lavagem de dinheiro (Lei nº 9.613/98) e outros ilícitos congêneres, *conexos a crimes eleitorais.
Não houve a realização de prisões, tendo em vista que é proibido pelo artigo 236 do Código eleitoral (Lei 4737/65) o cumprimento de mandados de prisão de candidatos a menos de 15 dias para o pleito e de eleitores a menos de 05 dias do dia de votação.
Nome da Operação: Sólon* (Atenas, 638 a.C. – 558 a.C.) foi um estadista, legislador e poeta grego antigo, sendo o criador da Eclésia (Assembléia Popular de Atenas, o berço da democracia). Com o avanço da atuação das organizações criminosas no cenário político, a Operação Sólon visa reafirmar o poder das instituições que garantem a higidez no processo democrático.
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