Polícia
PM salva família que ficou refém de bandidos por mais de 24 horas em Niterói
A polícia militar conseguiu, no início da tarde desta quinta-feira (24), libertar uma família que ficou por mais de 24 horas refém nas mãos de criminosos armados com fuzil e granadas na comunidade do Estado, Região Central de Niterói. Os membros da família, entre eles uma criança, tiveram a casa invadida pelos bandidos e foram aprisionados dentro de um único cômodo.
Segundo o Batalhão de Ações com Cães, a casa teria sido escolhida pelos bandidos da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) por conta com uma visão privilegiada da comunidade.
Ainda de acordo com a PM, a invasão teria ocorrido por volta de 10h desta quarta-feira (23), quando os criminosos tomaram o imóvel aterrorizando a família. Desde então a casa passou a ser usada pelos bandidos, que se divertiam, até mesmo jogando videogame, enquanto a família era mantida aprisionada sem alimentação e água.
O terror teve fim apenas quando os policiais chegaram na comunidade e acabaram recebendo a informação sobre os reféns. Os policiais do BAC se deslocaram até a região e conseguiram capturar os criminosos e libertar os reféns. Ninguém ficou ferido na ação.
Os familiares foram levados à Delegacia do Centro de Niterói para depoimentos e sete acusados de pertencer ao bando foram presos.
Operação
A Polícia Militar faz na manhã desta quinta, feriado de São João em Niterói, uma incursão no Morro do Estado, que resultou em dez prisões e apreensão de um menor, além de drogas, fuzis e até granadas apreendidas.
A ação começou ainda pela manhã e logo na chegada os policiais foram recebidos a tiros, dando início ao confronto.
A intervenção policial acontece após quase uma semana de intensos confrontos entre facções criminosas rivais: Comando Vermelho (CV) e Terceiro Comando Puro (TCP). Não houve informações de feridos.
De acordo com a Polícia Militar, a ação foi comandada pelo Comando de Operações Especiais (COE), através dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e Ações com Cães (BAC). O objetivo foi encerrar a disputa territorial entre os grupos de criminosos rivais.
No total, quatro fuzis, sete artefatos explosivos, 16 carregadores, cartuchos, munições e farta quantidade de drogas foram apreendidas.
Boato
Mais cedo circulou pelas redes sociais a informação de que os envolvidos, capturados na ação, teriam sido liberados por determinação da delegada adjunta Aline Vilas Boas, no entanto até o final da noite desta quinta todos os acusados permaneceram presos, inclusive o delegado titular da distrital, Luiz Henrique, ficou responsável por ouvir a família, vítima dos criminosos. Segundo a polícia, os envolvidos permanecerão presos, até determinação juridica.
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