Denunciado
PM vira réu por morte de idosa, de 63 anos, em favela no Rio
Crime ocorreu em junho do ano passado, no Turano
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Rio de Janeiro, informou que denunciou um policial militar lotado, à época, na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Turano, pelo homicídio de Severina da Silva Nunes, de 63 anos. O crime foi cometido em 15 de junho de 2023, durante uma ação da Polícia Militar na Comunidade do Turano, na Zona Norte da cidade.
De acordo com as investigações, Severina e uma vizinha foram atingidas em um bar, enquanto tomavam café. A denúncia distribuída na quinta-feira (25) para o IV Tribunal do Júri da Capital.
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Na inicial da ação penal, o promotor de Justiça Alexandre Themístocles destacou que o denunciado – chefe de viatura que subiu o Morro do Turano – colocou o seu fuzil pela janela da viatura e, mesmo na ausência de qualquer situação de risco à vida ou à integridade física dos policiais ou de terceiros, de modo irrazoável e desproporcional, abriu fogo na direção do alto do morro.
“Logo em seguida, depois de desembarcar, o denunciado prosseguiu andando e atirando na mesma direção’, narra trecho da denúncia.
A Promotoria de Justiça também destacou que o autor dos disparos sabia que naquela localidade havia pessoas e que ele conhecia os resultados que poderiam advir do emprego ilegal e desnecessário do armamento. Como medida cautelar, a Promotoria requereu à Justiça a suspensão do exercício da função policial militar.
Os estilhaços da bala também acertaram a vizinha de Severina. O processo referente ao crime foi declinado para a Auditoria da Justiça Militar do Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ).
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