Polícia
PMs do Batalhão de São Gonçalo são presos em operação da Civil
Policiais Militares acusados de tentativa de homicídio contra um policial civil são alvos da Operação 'Todos por um', que acontece na manhã desta quinta-feira (17). Pelo menos quatro policiais lotados no Batalhão de São Gonçalo (7° BPM) já foram presos.
A operação está sendo realizada pela Secretaria de Estado de Polícia Civil (Sepol), em conjunto com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Corregedoria da Polícia Militar.
De acordo com o MPRJ, a ação, que ainda está em andamento, tem o objetivo de cumprir seis mandados de prisão e 15 de busca e apreensão.
As investigações começaram no início de abril de 2020, quando um policial civil da Delegacia da Pavuna (39ª DP) foi alvo de uma tentativa de homicídio. Na ocasião, os acusados dispararam mais de 20 vezes na direção do agente, que foi atingido por um tiro na perna.
Vítima estudada
Os cinco PMs e um informante presos durante a operação 'Todos por Um', deflagrada na manhã desta quinta-feira (17) pela Polícia Civil, a corregedoria da Polícia Militar e o Grupo Especializado de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, estudaram o policial civil por dois meses.
Segundo a investigações, a quadrilha coagia comerciantes da feira da Pavuna a venderem determinadas marcas de cigarros ilegais.
Uma equipe da 39ª DP (Pavuna) já investigava a prática na feira e, durante a abordagem aos militares, eles informaram que se tratava de uma operação da inteligência.
Os investigadores notaram que nenhum militar investigado na ocasião era de batalhões próximos da área da feira.
"Não se trata de policiais militares na verdade. São criminosos que se infiltraram na PM para praticarem atos ilícitos para servir ao crime organizado. A polícia não coaduna com esse tipo de prática", disse o delegado Rodrigo Barros da 39ª DP da Pavuna.
A polícia civil chegou ao local através do denúncias feitas pelos próprios comerciantes. Um deles, que era testemunha do caso, foi morto em janeiro deste ano. A polícia investiga se a morte têm relação com as prisões na operação desta quinta.
A promotora do Gaeco, Carmen Eliza, disse que a organização da quadrilha chamou a atenção da promotoria do Ministério Público.
"É um grupo estável que vigiou a vítima na 39ª DP onde ele trabalhava. Nos chocou muito pessoas que integram a corporação cometerem esses tipo de crime. São criminosos de uma corporação tentando matar agente público de outra", disse.
Durante a operação, também foram apreendidas três armas que serão investigadas se possuem ou não relação com os crimes cometidos pela quadrilha.
Seis pessoas foram presas, sendo cinco PMs do 7° BPM (São Gonçalo) e um informante do grupo na operação desta quinta.
Colaborou Cícero Borges
Perdeu documentos, objetos ou achou e deseja devolver? Clique aqui e participe do grupo do Enfoco no Facebook. Tá tudo lá!