Caso Claudia

PMs que arrastaram mulher com viatura são absolvidos no Rio

Crime aconteceu em março de 2014, na Zona Norte do Rio

Claudia foi atingida por tiros no pescoço e nas costas durante uma operação
Claudia foi atingida por tiros no pescoço e nas costas durante uma operação |  Foto: Reprodução

Dez anos após o caso de homicídio em que Claudia Silva Ferreira, de 38 anos, foi baleada e arrastada por uma viatura da PM por 350 metros na Zona Norte do Rio, os policiais militares acusados foram absolvidos pela Justiça.

O capitão Rodrigo Medeiros Boaventura e o sargento Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, acusados de homicídio, foram inocentados sob a alegação de legítima defesa durante um confronto com traficantes.

Outros PMs também foram absolvidos da acusação de fraude processual, relacionada à remoção do corpo de Claudia para alterar a cena do crime.

O caso

Claudia ficou desacordada, e os policiais a colocaram no porta-malas
Claudia ficou desacordada, e os policiais a colocaram no porta-malas |  Foto: Reprodução

Claudia Silva Ferreira, conhecida como Cacau e mãe, foi atingida por tiros no pescoço e nas costas durante uma operação da Polícia Militar (PM) em 16 de março de 2014, no Morro da Congonha, em Madureira.

Após o ocorrido, ela ficou desacordada, e os policiais a colocaram no porta-malas de uma viatura policial, supostamente com o objetivo de levá-la ao hospital.

No entanto, quando os PMs tentaram partir com Claudia, os moradores locais e amigos dela tentaram impedi-los. Para afastar a multidão, os policiais dispararam tiros para o alto e, com o porta-malas aberto, conseguiram levar Claudia.

Mais tarde, enquanto a viatura seguia pela Estrada Intendente Magalhães, o corpo de Claudia, aparentemente sem vida, caiu do porta-malas e foi arrastado pelo asfalto por cerca de 250 metros. Os policiais dentro do veículo ignoraram os apelos de outros motoristas e pedestres que testemunharam a cena.

Um vídeo que registrou o momento em que o corpo de Claudia foi arrastado pelo asfalto foi gravado por um "midiativista", como descreveu o ativista Bruno Cava em uma postagem no Facebook. 

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