Proibido

Polícia apreende mais de 1,1 mil caranguejos em São Gonçalo

Ação ocorreu durante fiscalização em feiras do município

Ciclo se iniciou no 1º de outubro e vai até 30 de novembro para machos e até 31 de dezembro para as fêmeas
Ciclo se iniciou no 1º de outubro e vai até 30 de novembro para machos e até 31 de dezembro para as fêmeas |  Foto: PMERJ
 

Mais de 1,1 mil caranguejos da espécie Uçá foram apreendidos neste domingo (16) em feiras livres de diferentes bairros de São Gonçalo. A ação foi feita por policiais do Comando de Polícia Ambiental (CPAM) em Neves e no Alcântara. Na chegada aos locais, os vendedores fugiram e largaram diversos sacos.

Em sete deles havia, aproximadamente, 700 unidades do crustáceo. Em um outro saco, 400. Os caranguejos apreendidos foram soltos no habitat natural, no Mangue Camboatá, na Lagoa de Itaipu. 

Segundo a polícia, a espécie está no período de defeso, conforme Portaria do IBAMA n° 52 e a Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605 de 1998), sendo proibida a comercialização entre 1º de outubro até 30 de novembro para machos e até 31 de dezembro para as fêmeas. 

Já no caso do caranguejo guaiamum, o período de defeso vai de 1º de outubro até março de 2023, para ambos os sexos da espécie. 

Crustáceo é encontrado ao longo de toda a costa brasileira e tem papel importante para o ecossistema do manguezal
  

Durante o defeso, macho e fêmea saem de suas tocas e andam pelo manguezal para o acasalamento e para a liberação dos ovos, garantindo a continuidade da espécie.

O crustáceo é encontrado ao longo de toda a costa brasileira e tem papel importante para o ecossistema do manguezal, transformando as folhas em material que fornece nutrientes para outros organismos da cadeia alimentar.

A punição para quem não cumprir a lei é de multa que pode chegar a R$ 100 mil, mais R$ 20,00 por quilo de caranguejo-uçá apreendido.

O período de defeso do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) ocorre em períodos de luas nova e cheia, caracterizados por marés de grande amplitude. 

Se não houver o defeso as espécies ficam vulneráveis à pesca predatória, reduzindo o número de indivíduos e comprometendo a perpetuação da espécie.

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