Policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e o Gaeco do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) desencadearam, nesta segunda-feira (21), a operação "Usuário Fake", contra uma organização criminosa que controla pelo menos duas dezenas de páginas em redes sociais.
As páginas, usando a aparência de canais de informação, serviam na verdade como instrumento para a prática de extorsão com grande número de vítimas. As dezenas de vítimas são políticos, com deputados estaduais, federais, vereadores e até prefeitos.
A organização criminosa atuava de forma empresarial em que quando um político não aceitava pagar por propaganda na falsa página de notícia de sua cidade, se transformava em alvo de constantes ataques políticos, usando sempre fake news.
As falsas páginas de notícias usadas nos crimes iam de Magé até Paraty, na Costa Verde, com atuação mais intensa nos municípios da Baixada Fluminense.
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em vários endereços da Baixada e Região Metropolitana simultaneamente.
De acordo com o MPRJ, em algumas de suas publicações no Facebook, as empresas divulgam notícias falsas e/ou sem base fática, atacando a honra de suas vítimas. As referidas publicações norteiam, então, o crime posterior de extorsão.
Segundo o MPRJ, uma vez que, após os fatos, o grupo condiciona a remoção das notícias falsas ao pagamento de quantias, através da contratação de serviços de publicidade e remoção de conteúdo ou, até mesmo, cobrando pelo exercício do direito de resposta em suas próprias páginas, que possuem, por sua vez, milhares de seguidores, denotando especial gravidade às publicações.
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