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    Desabafo

    'Polícia conivente', diz viúva sobre plano de morte de Marielle

    Monica Tereza Benício registrou surpresa sobre o nome de Rivaldo

    Publicado 24/03/2024 às 12:29 | Atualizado em 24/03/2024 às 13:12 | Autor: Manuela Carvalho
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    Monica Tereza Benício, viúva de Marielle Franco
    Monica Tereza Benício, viúva de Marielle Franco |  Foto: Quintanilha Filho

    Monica Benício, a viúva de Marielle Franco, disse que ficou surpresa ao saber do envolvimento de Rivaldo Barbosa no crime. Segundo a vereadora, o ex-chefe da Polícia Civil garantiu que iria se empenhar nas investigações do assassinato.

    “O nome de Rivaldo Barbosa sem dúvidas foi uma grande surpresa para nós. Em especial, considerando que ele foi a primeira autoridade que recebeu a família no dia seguinte [ao assassinato], dizendo que seria uma prioridade da Polícia Civil a elucidação desse caso”, disse.

    ''Um homem no qual nos abraçou, prestou solidariedade e sorriu dizendo que esse caso seria uma prioridade, e hoje tem envolvimento nesse mando é, para nós, entender que a Polícia Civil não foi só negligente. Não foi só por uma falha que chegamos a seis anos de dor, mas em especial, também, por ter sido conivente com todo esse tempo de não elucidação do caso'', declarou. 

    Ágatha Amaus, viúva do motorista Anderson Gomes, descreveu a prisão do delegado como um 'tapa na cara'.

    "As pessoas que participaram, quem mandou, terem nos abraçado, beijado e prometido, falado que era amigo da Marielle, que tinha trabalhado junto. É um tapa na cara, é pisotear ainda mais, você saber que está envolvido e olhar no nosso olho, fazer promessas. É tão profundo e é tão doloroso", desabafou.

    Prisões

    Presos chegam na Superintendência Regional da Polícia Federal
    Presos chegam na Superintendência Regional da Polícia Federal |  Foto: Quintanilha Filho

    Na manhã deste domingo (24), Domingos, o irmão Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos sob suspeitas de serem os mandantes do assassinato.

    “Agora a gente tem um outro desdobramento nessa luta por Justiça, e o que a gente quer é que não só os mandantes sejam identificados, mas todas as pessoas que tiveram algum tipo de envolvimento”, enfatizou. 

    Eles foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal, no Centro do Rio, onde vão prestar depoimento e, logo em seguida, serão levadas para um presídio federal em Brasília.

    ''A verdade começou a ser desvelada''

    Em nota, a viúva comentou sobre a manhã de operação para prender os três suspeitos de mandar matar Marielle, em março de 2018. 

    ''Foram 2.202 dias de espera. 6 anos e 10 dias dessa dor que hoje não acaba, mas que encontra, finalmente, um momento de esperançar justiça e paz. E isso é apenas uma parte do que Marielle e Anderson merecem. Nesse domingo chuvoso de março, a verdade começou a ser desvelada. O que, diante da nossa dor, é o tempo de uma vida inteira depois daquele 14 que marcou mais do que nossas vidas - marcou a nossa carne e o próprio Estado Democrático de Direito.''

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