Ação

Polícia faz operação contra o tráfico da Zona Norte do Rio

Moradores relatam intenso tiroteio na região

A ação tem como objetivo o cumprimento de 31 mandados de prisão
A ação tem como objetivo o cumprimento de 31 mandados de prisão |  Foto: Redes Sociais
 

A Polícia Civil realiza, na manhã desta quinta-feira (6), uma operação nas comunidades do Quitungo e do Complexo da Penha, na Zona Norte do Rio.

A ação conta com apoio de agentes de outras delegacias da capital, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e tem como objetivo o cumprimento de 31 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra suspeitos ligados ao tráfico de drogas nessas localidades.

Desde as primeiras horas da manhã, moradores da região tem relatado a ocorrência de intenso tiroteio e um clima de tensão nas áreas afetadas.

  

Os agentes atuam nas favelas da Chatuba, Vila Cruzeiro, Morro da Fé e Morro do Sereno, em busca dos indivíduos alvo dos mandados judiciais. Até o momento, oito pessoas foram presas.

Investigações

A investigação teve início em dezembro de 2022 e apontou que o grupo busca expansão territorial e incremento das finanças. Desta forma, os integrantes da organização criminosa tomaram o controle de um edifício residencial com 24 unidades, localizado no entorno do Quitungo, e determinaram a obrigatoriedade de pagamento dos aluguéis diretamente à associação de moradores da comunidade. Quem não quisesse se submeter a isso deveria entregar as chaves dos apartamentos.

Ainda de acordo com a investigação, o responsável pela associação de moradores atuaria a mando do líder do tráfico do Quitungo. Ambos são oriundos do Complexo da Penha e foram indicados para assumir e ampliar os negócios ilícitos da organização naquela localidade, por meio da exploração de qualquer produto comercializado ou serviço prestado.

Os criminosos também praticaram extorsão contra uma empresa de engenharia e construção civil que, após vencer uma licitação para executar serviços em um conjunto habitacional no Quitungo, passou a ser obrigada a pagar uma taxa de R$ 15 mil, ou seria impedida de prosseguir com as obras.

Além disso, as vítimas eram alvo também de outros crimes, uma vez que os desafetos costumavam ser sequestrados e muitos desapareciam ou eram encontrados mortos. Com a operação desta quinta, a equipe da 38ª DP (Brás de Pina) espera conter a expansão territorial, enfraquecer o grupo criminoso e devolver ao cidadão o direito de ir e vir, além de restituir as propriedades aos moradores vítimas da quadrilha.

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