A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se o comerciante Manoel Davi Pereira, desaparecido há seis meses, foi morto a mando da contravenção local. Pereira, de 50 anos, desapareceu em outubro do ano passado após ser sequestrado por homens encapuzados em Vila Isabel, na Zona Norte da cidade.
De acordo com testemunhas, no dia 24 de outubro de 2023, Manoel estava em um bar que administrava na rua Luís Barbosa. Por volta das 19h30, um carro preto parou em frente ao estabelecimento. Três homens encapuzados, armados com fuzis, desceram do veículo e entraram no bar, levando Manoel com eles. Desde então, ele não foi mais visto.
A 20ª Delegacia de Polícia (Vila Isabel) investiga se Manoel foi sequestrado e assassinado por não repassar todo o valor adquirido com as máquinas caça-níqueis de seu estabelecimento à contravenção. Segundo apurações da Polícia Civil e do Ministério Público, a região de Vila Isabel, antes controlada por Bernardo Bello, passou a ser dominada por Adilson Oliveira Coutinho Filho, conhecido como Adilsinho, no ano passado.
A disputa pelo controle da área tem sido marcada por extrema violência. Em 2023 e 2024, ataques a um mesmo bar na região reforçam a brutalidade dessa guerra territorial. A Delegacia de Homicídios da Capital também investiga a morte do dono do bar Parada Obrigatória, outro incidente ligado a essa disputa.
Durante as investigações, a polícia apreendeu máquinas caça-níqueis no local onde Manoel foi visto pela última vez. Com a troca da equipe na 20ª DP, novos elementos foram adicionados ao inquérito, incluindo a apreensão de alguns celulares dois meses após o sequestro.
O inquérito continua em andamento, e busca esclarecer se Manoel Davi Pereira realmente foi assassinado por não cumprir com as exigências financeiras da contravenção local. As autoridades trabalham para encontrar mais evidências e esclarecer o destino do comerciante desaparecido.
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