Preconceito

Polícia investiga motorista que negou corrida para candomblecistas

Câmera flagrou conduta do condutor; Uber suspendeu conta

 

A Polícia Civil investiga um motorista de aplicativo que se recusou a transportar uma família candomblecista, no último sábado (29), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Ele teria negado a corrida quando viu que as passageiras utilizavam trajes religiosos, segundo denúncia feita pela passageira Taís Fraga, que estava na companhia das filhas e da sogra.

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) analisa as imagens das câmeras de segurança que registraram o momento em que as quatro pessoas são impedidas de entrar no carro.

O caso foi registrado na 59ª DP (Duque de Caxias) e transferido para a especializada em crimes de intolerância.

A Uber afirma que desativou temporariamente a conta do motorista enquanto aguarda as investigações. E ressalta, por meio de nota, que não tolera qualquer forma de discriminação.

Ao portal g1, a delegada Rita Salim afirmou que, além do motorista, quer ouvir a família mais uma vez.

“Já fizemos contato com a família e esperamos ouvi-las novamente. Queremos entender mais detalhes sobre o que esse motorista disse, se proferiu algum tipo de ofensa e etc. Se isso aconteceu, a tipificação do crime poderá ser mudada", completou a delegada.

Desde o início deste ano, uma nova lei tornou mais severas as penas para os crimes de intolerância religiosa. Agora, as penas vão de 2 a 5 anos de reclusão.

< Serena Williams revela segunda gravidez aos 41 anos Fluminense pega o River com marca histórica de Fábio <