Dor
Policial da Core casado com juíza tem despedida emocionante
Helicóptero sobrevoou cemitério e jogou pétalas de rosas

A postura reservada de amigos, familiares e colegas de farda marcou o último adeus ao policial civil João Pedro Marquini, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), nesta terça-feira (1°), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local e jogou pétalas de rosas.
Marquini foi assassinado na noite do último domingo (30), com cinco tiros de fuzil. A viúva, a juíza Tula de Mello, a mãe e os três filhos do policial estavam visivelmente abalados.
Autoridades também compareceram para prestar solidariedade à família, entre elas, o secretário de Polícia Civil Felipe Curi, o delegado da Core Fabrício de Oliveira e o ex-governador Wilson Witzel. A influenciadora Jojo Todynho, que já foi estagiária da juíza Tula de Mello, também esteve presente, demonstrando apoio à família.
Apesar do grande número de pessoas, a maioria preferiu o silêncio. A investigação sobre sua morte segue em andamento na Delegacia de Divisão de Homicídios da Capital (DHC). A Polícia Civil investiga como latrocínio (roubo seguido de morte) a morte do policial João Pedro.
Relembre o caso
O policial civil João Pedro Marquini, de 38 anos, estava no carro dele quando foi surpreendido por bandidos que fecharam a pista, na Serra da Grota Funda, Zona Oeste do Rio, na noite de domingo (30).
A mulher dele, a juíza criminal Tula de Mello, vinha logo atrás em outro veículo e presenciou tudo. O policial chegou a ligar para um amigo e deixar o telefone no viva-voz antes de sair armado, mas não teve tempo de reagir.
Marquini estava há 11 anos na instituição. Ele foi atingido por disparos no peito, braços e pernas e morreu na hora. O carro da juíza foi alvo de três tiros, mas, como era blindado, ela não se feriu.
Antes do ataque, Marquini tinha ido buscar o carro na casa da mãe, em Campo Grande, após ele passar por um conserto. Durante a fuga, os criminosos levaram a pistola do policial e fugiram para a comunidade César Maia, em Vargem Pequena, dominada pelo Comando Vermelho.
A Core fez uma operação na região e localizou o carro usado pelos bandidos, que também teria sido utilizado em um ataque no Cesarão, em Santa Cruz, pouco antes da emboscada. O veículo estava com marcas de tiros e o para-brisa traseiro destruído. Os investigadores já têm suspeitos do crime.


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