Polícia
Policial militar é preso por homicídio praticado em Niterói
A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (10), um cabo da Polícia Militar suspeito de matar, no último mês de maio, Leonardo Montezano Dias da Cruz, no bairro do Cantagalo, em Niterói. Agentes da Divisão de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) efetuaram a prisão na casa do militar.
Segundo a Polícia Civil, o PM contou ainda com o auxílio de dois homens, ainda não identificados, que desembarcaram do veículo, um Tiggo branco, sem placas, e desferiram os disparos contra a vítima. Na ocasião do crime, houve simulação de roubo por parte dos envolvidos, que levaram alguns pertences da vítima e de sua esposa. Mas, mesmo entregando tudo, o PM teria atirado, à queima roupa, na cabeça de Leonardo. O crime aconteceu no dia 12 de maio, na rua Orlando de Melo Neri, Bairro Cantagalo, Niterói.
Ainda de acordo com as investigações, uma semana antes do fato a vítima ainda sofreu outra ação do bando, mas por conta de falhas no veículo e a fuga de Leonardo, a morte não aconteceu. O caso foi registrado na delegacia do centro de Niterói (76ª DP), como roubo. Mas, detalhes das investigações, apontaram que um dos envolvidos utilizava fardas e coturno militares, fato que chamou a atenção dos investigadores para a participação do PM.
A polícia diz ainda que a morte foi em represália à mulher de Leonardo, que teria largado o militar por conta de envolvimento com o tráfico de drogas. Outro fato contado nas diligências, é que o policial, no momento do suposto roubo, sabia onde a mulher de Leonardo escondia o aparelho celular e que chamou a atenção dos investigadores.
Câmeras de monitoramento do CISP flagraram o trajeto realizado pelo veículo nos dias que antecederam o crime. Nas duas ações o veículo chega a Niterói pela Ponte, aproximadamente às 5h, se dirigindo ao local em que iria pegar a vítima. Logo em seguida, em ambos os casos, já retorna para o Rio.
A prisão temporária foi pedida pelo delegado e foi cumprido um mandado de Busca e Apreensão na casa do PM, que era lotado na UPP do Borel, na Tijuca, na Zona Norte do Rio. Os agentes apreenderam, na residência do militar, prints de conversas entre Leonardo e Beatriz, um diário em que o investigado relatava o dia a dia de seu relacionamento com Beatriz, além do seu celular e de dois pen drives.
A polícia diz que o investigado confessou os fatos, alegando que a vítima o teria ameaçado de morte e que era traficante de drogas. A Polícia continua com as investigações analisando agora o celular do PM e buscando descobrir quem são os comparsas que o ajudaram a matar Leonardo.
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