Polícia

Por que Willian sequestrou o ônibus na Ponte?

A Polícia investiga os motivos que teriam levado o morador de São Gonçalo Willian Augusto da Silva, de 20 anos, a sequestrar um ônibus na Ponte Rio-Niterói na manhã desta terça-feira (20). O sequestrador acabou morto após manter 37 reféns por mais três horas no coletivo.

Por volta de 5h45 a Polícia Rodoviária Federal foi acionada para checar uma ocorrência de assalto no coletivo. De dentro, o acusado ameaçava os reféns com o que seria uma arma, que mais tarde a Polícia descobriu se tratar um simulacro, além de uma faca e gasolina, que poderia ser usada para incendiar o veículo.

Segundo informações do Governo do Estado, o acusado teria pedido uma quantia de R$ 30 mil para libertar os reféns, mas a informação ainda não foi confirmada pela Polícia Militar e antes que as negociações pudessem proceder, o acusado acabou sendo atingido por um tiro de um policial, em uma de suas saídas do coletivo.

O tiro partiu de um atirador de elite. O sequestrador, que trabalhava como vigilante, chegou a ser levado para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

Reféns

Durante a negociação, por volta de 8h, seis reféns foram libertos, entre eles uma gestante e uma mulher que passou mal enquanto era conduzida pelos policiais.

Os passageiros não ficaram feridos e foram encaminhados para a Divisão de Homicídios de Niterói para esclarecimentos.

De dentro do coletivo alguns reféns se arriscaram e chegaram a fazer fotos do criminoso.

As imagens se espalharam rapidamente e do lado de fora a Polícia pediu o afastamento da imprensa para evitar que de alguma forma o sequestrador recebesse alguma informação externa.

Passageiros chegaram a ligar para parentes e amigos alertando o ataque.

Perfil

Morador de São Gonçalo, e segundo o Governo do Estado não tem antecedentes criminais. Além disso, em coletiva realizada no Palácio Guanabara, no Rio, em uma avaliação preliminar feita pela psicóloga que integrava a equipe do governador, o acusado teria o que considerou um 'perfil psicótico’.

Um motociclista, alegando ser amigo do sequestrador, tentou acessar a Ponte, segundo ele, para ajudar o amigo, enquanto as negociações estavam em andamento.

Ele acabou interceptado por policiais do programa Niterói Presente e foi preso armado com um espeto de churrasco.

O corpo de Willian foi encaminhado para o Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, no Centro do Rio.

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