Fraude
Postos de combustíveis no Rio usavam substância que pode matar
Cinco funcionários foram presos

Cinco pessoas foram presas, na manhã de desta quinta-feira (13), numa operação contra um esquema de fraude em postos de combustíveis no Rio.
A operação 'Bomba Baixa' foi realizada pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).
Entre os presos estão administradores de postos de gasolina da rede GTB, que adulteravam combustíveis com metanol, substância altamente tóxica e proibida pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). A substância é extremamente perigosa: a inalação ou o contato prolongado podem causar cegueira, danos neurológicos e até a morte.
A operação decorre de denúncia oferecida à 20ª Vara Criminal da Capital contra nove pessoas por associação criminosa, corrupção ativa e passiva, e crimes contra as relações de consumo, ordem econômica, saúde pública e fraude metrológica (instalação de dispositivos eletrônicos nas bombas para entregar volume menor do que o registrado).
De acordo com a denúncia, o grupo criminoso adquiria combustíveis sem nota fiscal, corrompia agentes públicos para evitar autuações e manipulava os lacres das bombas para burlar as fiscalizações.
A investigação aponta que, entre 2017 e 2023, o grupo expandiu sua rede para 60 postos de combustíveis. Segundo o Gaeco, o esquema movimentou valores milionários.
De acordo com os promotores, o metanol era misturado ao etanol e à gasolina para reduzir custos, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores. A substância é extremamente perigosa. Sua inalação ou contato prolongado pode causar cegueira, danos neurológicos e até a morte. Além disso, o metanol é altamente inflamável e sua combustão provoca uma chama invisível, dificultando o controle de incêndios.


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