Exploração

Presas acusadas de explorar os próprios filhos na Zona Sul do Rio

Um dos menores, de cinco anos, chegou a faturar R$ 700 em um dia

Elas responderão pelos crimes de Associação Criminosa, Abandono de Incapaz, Abandono Material e por Submeter Criança ou Adolescente a Vexame ou Constrangimento.
Elas responderão pelos crimes de Associação Criminosa, Abandono de Incapaz, Abandono Material e por Submeter Criança ou Adolescente a Vexame ou Constrangimento. |  Foto: Divulgação
 

Policiais civis da 14ª DP (Leblon) prenderam, nesta quarta-feira (5), seis mulheres acusadas de explorarem os próprios filhos para pedir dinheiro na Zona Sul do Rio de Janeiro.

As investigações iniciaram após os agentes receberem uma série de reclamações de lojistas e moradores da região a respeito de um grupo de crianças que estaria vendendo mercadorias e pedindo dinheiro. Diante disso, se iniciou um trabalho de vigilância, em dias e horários alternados, através do qual se constatou uma rede de exploração de trabalho infantil.

O trabalho de inteligência constatou que as crianças chegavam aos bairros de Ipanema e Leblon acompanhadas das mães, por volta de 10h, e vendiam mercadorias e pediam dinheiro até às 21h. As mulheres permaneciam a longas distâncias, sentadas em bancos ou calçadas, aguardando o recebimento dos valores e/ou alimentos recebidos.

As crianças executavam as tarefas sob supervisão de vários adultos diferentes, sendo submetidas à uma rotina exaustiva, trabalhando até mesmo em dias de chuva e tendo negligenciados estudo e alimentação. O valor arrecadado diariamente era de R$ 150 por criança, em média. Os policiais apuraram que quanto menor a criança, mais alto eram os rendimentos. Um dos menores, de cinco anos, chegou a faturar R$ 700 em um dia.

O grupo era oriundo do Complexo da Penha. Com as presas, foram apreendidos materiais que seriam entregues às crianças para venda. Elas responderão pelos crimes de Associação Criminosa, Abandono de Incapaz, Abandono Material e por Submeter Criança ou Adolescente a Vexame ou Constrangimento.

Após o cumprimento das formalidades de praxe, as mulheres foram encaminhadas ao sistema prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça. O Conselho Tutelar foi acionado.

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