Onze suspeitos foram detidos na Operação Torniquete que acontece nesta quinta-feira (13) nas comunidades da Mangueirinha, Sapo, Santuário e Corte 8, no Complexo da Mangueirinha, na Baixada Fluminense.
Dentre os presos, está um que é foragido da Paraíba com uma acusação de homicídio e o segundo homem na hierarquia do Complexo da Mangueirinha, identificado como vulgo Celinho.
Além dos presos, 18 veículos foram recuperados, assim como uma carga de bebidas avaliada em mais de R$ 100 mil, e uma carga também de colchões e móveis avaliada em mais de R$200 mil. Alguns dos carros foram roubados em situação de violência com criminosos armados.
A ação está sendo feita por agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis e de Cargas (DRFA e DRFC), com o apoio de outras delegacias do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE).
“A ação de hoje é mais uma ação da Operação Torniquete, que é uma conjunção das investigações da DRFA e da DRFC para investigar as quadrilhas que estão envolvidas no tráfico de drogas, dominam territórios no Rio de Janeiro, e que de lá partem para praticar esses crimes de roubos. Eles usam esse domínio territorial que o tráfico impõe para terem uma certa tranquilidade em garantir não só o transbordo e venda dessas cargas como também o desmanche ou a clonagem desses veículos dentro dessas comunidades. O que chama atenção é que nessa comunidade da Mangueirinha, os traficantes estavam usando o fundo de uma creche municipal para guardar os veículos e realizar os desmanches”, contou o delegado Vinícius Domingos, da DRFA.
Foi descoberto que as comunidades, após investigações do setor de inteligência em conjunto com informações do Instituto de Segurança Pública, são utilizadas como bases operacionais para membros de uma facção criminosa do Rio.
A facção criminosa em questão fornece armas, incluindo fuzis, pistolas e granadas, para que os criminosos associados pratiquem roubos de veículos e cargas em diversas regiões de todo o Rio, incluindo na Região Metropolitana, como São Gonçalo e Niterói.
São nessas comunidades também que ocorrem o maior número de transbordos de cargas e de recuperação de veículos roubados na Baixada Fluminense. Os responsáveis por esse tipo de roubo também serão presos.
“Dentre os veículos recuperados, podemos destacar a recuperação de um HB20 que foi roubado com o emprego de um fuzil no município de São João no dia 11 de março, como também de uma família que foi roubada no município de Caxias no último dia 21 com os criminosos também usando um fuzil para cometer esse roubo. O objetivo da Polícia Civil é combater esses crimes que já são de extrema violência, mas podem progredir como um homicídio, com a vítima morrendo em decorrência desse crime”, afirmou o delegado.
A Operação Torniquete já ocorreu outras vezes no Rio e, ao todo, já prendeu mais de 100 acusados em cinco meses, incluindo lideranças do tráfico de várias comunidades do Rio. Em uma outra ação, quatro policiais foram feridos, sendo que dois destes morreram.
Ainda há outros crimes que ocorrem nessas regiões, segundo a polícia, incluindo: armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas; desmanche de veículos e venda das peças; clonagem de veículos; as pessoas sequestradas ficam em cativeiro e devem pagar os acusados através do Pix para serem libertados; as quadrilhas usam os carros roubados para se descolocarem para cometerem outros crimes.
A operação continua em andamento e haverão outras ações da Operação Torniquete em outras datas pelo estado.
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