Feminicídio

Preso suspeito de matar mulher a facadas na Zona Norte do Rio

Crime ocorreu na quinta-feira, no Alto da Boa Vista

Homem tomou uma 'bolsada' de um dos parentes da vítima
Homem tomou uma 'bolsada' de um dos parentes da vítima |  Foto: Reprodução

Foi preso, no final da tarde desta sexta-feira (19), o suspeito apontado por familiares como o responsável pelo assassinato de sua ex-mulher no Alto da Boa Vista, Zona Norte do Rio.

Na chegada à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, parentes manifestaram indignação quando Rogério Cabral Massaroni, conhecido como “Bodão”, chegou sob a custódia de agentes.

"Você destruiu a minha família", gritou Genilza Machado, prima da vítima. Outra pessoa chegou a usar sua bolsa para agredir fisicamente o detido.

O crime ocorreu na manhã de quinta-feira (18), na comunidade Agrícola, e a prisão foi feita na Mata Machado. Familiares alegam que Marcele Pereira da Silva foi atacada com pelo menos sete facadas por seu ex-marido, com quem tinha duas filhas.

Genilza afirma que Marcele havia obtido mais de uma medida protetiva contra Rogério, mas sem sucesso, e que era ela quem vivia com medo dentro de casa.

“Ele falou que ele só não entrou para matar todo mundo naquela casa porque a filha estava lá”, disse Genilza. "Quem estava em 'cárcere' era ela, e ele estava solto. Ele que tinha que ser preso, e não ela. Por que não prenderam ele, por quê? Deixaram ele solto", declarou a prima para o site “G1”.

De acordo com os familiares, Marcele já vinha sendo ameaçada e agredida pelo ex-marido, com quem tinha uma filha de 7 anos e outra de 21. "Ele já vinha com ameaças, e hoje [quinta] ele acabou cumprindo as ameaças dele. Tirou a vida da minha filha", afirmou Ledina Silva, mãe de Marcele.

Segundo Lidiane Machado, prima da vítima, o ex-companheiro já havia sido agressivo em 2021, e Marcele chegou a fazer um exame de corpo de delito após ser queimada com cigarro.

"Ele a queimava com cigarro. Eu presenciei isso, levei ela pra fazer corpo de delito em 2021. Foi feito o corpo de delito e nada foi feito. E ela retornava para casa com ele porque ele ameaçava a família, ameaçava o irmão dela, que é especial, ameaçava a filha, né? Ele ameaçava colocar veneno na caixa d'água, na casa deles, na casa da minha tia. Então, assim, ele fazia as artimanhas dele para que ela retornasse para casa com ele", destacou a prima.

Após o ataque, Marcele foi levada ao Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas não resistiu aos ferimentos. Familiares alegam que, após o crime, o suspeito roubou o celular da vítima e passou a ameaçá-los também.

"[Após a morte] Comecei a receber as ameaças dele por volta de 10h, ficou até umas 11h30, ele me mandando mensagens para o meu celular", afirmou Patrícia Lima, prima de Marcele.

A família ainda não informou quando será o velório e enterro de Marcele.

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