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    Operação Omiros

    Presos 20 por roubo de celulares; bando ameaçava vítimas

    A quadrilha atuava em diversas áreas

    Publicado 18/02/2025 às 8:09 | Autor: Enfoco
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    Criminosos exibiam uma vida de luxo nas redes sociais, comprando bens caros e promovendo festas bancadas pelo crime
    Criminosos exibiam uma vida de luxo nas redes sociais, comprando bens caros e promovendo festas bancadas pelo crime |  Foto: Reprodução/ Tv Globo

    Policiais civis prenderam 20 pessoas nesta terça-feira (18) durante a Operação Omiros, que combate uma quadrilha especializada em roubo de celulares. Os criminosos também ameaçavam as vítimas para que desbloqueassem os aparelhos. 

    Ao todo, os agentes tentam cumprir 43 mandados de prisão emitidos pela 2ª Vara Especializada do Rio de Janeiro.

    A quadrilha atuava em áreas próximas à Central do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro, no Calçadão de Bangu, na Zona Oeste, e no Centro de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

    Para garantir controle exclusivo sobre as ações, os líderes do bando forneciam armas aos assaltantes e firmavam alianças com traficantes, permitindo os roubos em troca de uma parte dos lucros obtidos.

    Muitos dos alvos já haviam sido detidos anteriormente por crimes como roubo, receptação, estelionato e até tráfico de drogas. Em alguns locais, as equipes foram recebidas a tiros. O nome da operação, "Omiros", vem do grego e significa "refém".

    A investigação ainda revelou que os criminosos exibiam uma vida de luxo nas redes sociais, comprando bens caros e promovendo festas bancadas pelo crime.

    Extorsão

    A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) identificou, por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça, que os criminosos empregavam métodos violentos para forçar as vítimas a fornecerem senhas e acessos aos seus dispositivos.

    Após os roubos, o grupo de extorsão da quadrilha entrava em ação, utilizando diversas táticas para coagir as vítimas.

    - Ameaças diretas por WhatsApp e SMS: fotos de armas e a divulgação de informações pessoais das vítimas, como endereços e nomes de familiares, eram enviadas para gerar pânico.

    - Uso de dados da “dark web”: os criminosos acessavam bancos de dados ilegais para personalizar as ameaças e torná-las mais eficazes.

    - Golpes de phishing: mensagens falsas levavam as vítimas a inserir suas credenciais em sites fraudulentos, permitindo que os criminosos desbloqueassem os celulares e acessassem informações bancárias.

    - Pressão psicológica e chantagem financeira: algumas vítimas eram forçadas a realizar transferências bancárias para impedir que seus dados fossem divulgados ou entregues a facções criminosas.

    Quando as táticas de extorsão não funcionavam, os celulares eram desmontados e comercializados como peças para oficinas clandestinas.

    O grupo também estabeleceu uma rede financeira complexa, utilizando laranjas para lavar o dinheiro gerado pela venda dos celulares desbloqueados e pelas extorsões.

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