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    Investigação

    PRFs acusados de atirar contra jovem que seguia para Niterói são afastados

    Ataque aconteceu na noite da véspera de Natal

    Publicado 25/12/2024 às 12:08 | Autor: Enfoco
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    PRF diz que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso
    PRF diz que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso |  Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

    Os policiais rodoviários federais envolvidos no ataque a tiros que atingiu na cabeça a jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, na noite de terça-feira (24), véspera de Natal, na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais.

    A informação foi confirmada nesta quarta-feira (25) pela Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília/DF. Segundo a PRF, foi determinada abertura de procedimento interno para apuração do caso. A vítima está internada em estado grave.

    Por meio de nota, a PRF diz que "lamenta profundamente" o episódio. Por determinação da Direção-Geral, a Coordenação-Geral de Direitos Humanos diz que acompanha a situação e que presta assistência à família da jovem Juliana.

    Por fim, a PRF enfatiza que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas investigações do caso.

    Procurada, a Polícia Federal pontua que instaurou inquérito para apurar os fatos.

    "Após ser acionada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma equipe da Polícia Federal esteve no local para realizar as medidas iniciais, que incluíram a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal", esclareceu.

    O caso

    Juliana Leite Rangel está internada em estado grave no Hospital Adão Pereira Nunes
    Juliana Leite Rangel está internada em estado grave no Hospital Adão Pereira Nunes |  Foto: Reprodução - Redes sociais

    A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos de idade, foi atingida com um tiro na cabeça, durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), na noite desta terça-feira (24).

    A vítima estava indo com a família, de cinco pessoas, passar o Natal na casa de parentes em Itaipu, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, quando o carro foi atingido por vários disparos feitos pelos agentes da PRF, na altura de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

    O caso aconteceu por volta das 21h. A jovem foi encaminhada ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Caxias, e precisou ser entubada, passou por cirurgia e o quadro de saúde é considerado gravíssimo.

    Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que “a paciente, foi atingida por arma de fogo no crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. O quadro de saúde da vítima é gravíssimo”.

    O pai da jovem, Alexandre da Silva Rangel, de 53 anos, também deu entrada na unidade de saúde com um tiro na mão esquerda. Ele foi avaliado pela cirurgia geral e ortopedia da unidade hospitalar, não sendo constatadas lesões ou fraturas, apenas um pequeno corte, e recebeu alta ainda na noite de terça-feira.

    O carro de Alexandre com várias marcas de tiros e o da equipe da PRF foram rebocados para o pátio da delegacia federal, em Nova Iguaçu, onde será realizada a perícia e o depoimento dos policiais e das vítimas que estavam no carro, todos da mesma família.

    Decreto

    Nesta terça-feira (24), o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) publicou o decreto que regulamenta o uso da força durante operações policiais. Assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a medida estabelece diretrizes para o uso gradativo de armas para evitar a violência policial em todo o país.

    De acordo com o decreto, o uso de arma de fogo deve ser feito como medida de último recurso. Armas só poderão ser usadas quando outros recursos de “menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais pretendidos”.

    Com informações da Agência Brasil

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