Decisão

Prisão de Monique Medeiros é mantida após audiência de custódia

Mulher voltou para o Complexo de Gericinó nesta quinta-feira

Monique Medeiros teve prisão mantida pela Justiça do Rio
Monique Medeiros teve prisão mantida pela Justiça do Rio |  Foto: Reprodução/TV Globo

A Justiça do Rio manteve a prisão de Monique Medeiros, a mãe do menino Henry Borel, na tarde desta sexta-feira (7). Durante uma audiência de custódia, o juiz decidiu que ela deverá aguardar o julgamento na cadeia. Além de Monique, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, também é acusado de matar Henry.

Monique voltou a ser presa nesta quinta-feira (6) na Zona Oeste do Rio, sendo levada em seguida para o Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio. O local é porta de entrada para o sistema prisional. Depois da decisão da Justiça, a mulher foi levada para o Instituto Penal Santo Expedito, em Gericinó, unidade onde ela ficou sob custódia anteriormente.

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Ainda nesta sexta, a defesa de Monique recorreu contra decisão tomada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão mandou que ela retornasse para a prisão, por ter descumprido as medidas cautelares feitas pela Justiça.

A defesa da mulher informou “que recebeu a decisão do ministro com respeito”, destacando que irá apresentar esclarecimentos e que “foi pautada em um descumprimento de medida cautelar inexistente”. Os advogados pedem que Gilmar Mendes reconsidere a decisão ou então leve o recurso para uma análise da Segunda Turma do STF.

“Em tempo, a defesa destaca que vigora em favor da paciente o estado de inocência constitucional, o que certamente ratifica os argumentos de liberdade buscados perante esta Corte", afirmam os advogados.

Os advogados ainda disseram ainda que a nova prisão foi: “pautada em falsas informações criadas pelo assistente de acusação, tendo em vista que a Sra. Monique Medeiros jamais descumpriu qualquer medida cautelar imposto pelo juízo, sendo certo que está em liberdade há mais de 10 meses não havendo qualquer motivo que justifique seu retorno ao encarceramento”.

Monique se tornou ré por tortura e pelo homicídio do próprio filho, Henry Borel, morto em 2021, aos 4 anos. O pedido de prisão foi determinado após o STF analisar o recurso feito pelo pai de Henry, Leniel Borel. De acordo com a decisão, a mulher teria coagido uma testemunha e estava usando as redes sociais, o que seria um descumprimento das medidas cautelares impostas pela Justiça.

De acordo com o advogado Hugo Novais, Monique não estava usando as redes sociais na época em que era proibida e também não ameaçou nenhuma testemunha durante a prisão domiciliar. “Estes fatos já foram esclarecidos há tempos, tratando-se de fake news”.

'VITÓRIA DA JUSTIÇA'

"Hoje ela está voltando para o lugar que ela nunca deveria ter saído", disse Leniel após a prisão.

Segundo Leniel, o STF agiu de maneira correta, quando determinou a volta de Monique para a cadeia: "É uma vitória para o povo brasileiro. É uma vitória para o processo. É uma vitória para a Justiça. Quero agradecer intensamente ao STF, ao ministro Gilmar Mendes, que vem fazendo justiça no caso do meu filho assertivamente em todas as fases do processo. Monique nunca era para ter sido solta e estar em liberdade."

O pai de Henry recorreU contra uma decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em agosto do ano passado, de prisão preventiva.

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