Ministério Público

Quadrilha é detida no Rio acusada de envolvimento com jogos de azar

Nove pessoas foram pegas em uma mansão na Zona Sul do Rio

Mais de R$ 4 milhões foram apreendidos em apenas uma das mais de 50 máquinas caça-níqueis, que estavam em um dos cômodos da residência
Mais de R$ 4 milhões foram apreendidos em apenas uma das mais de 50 máquinas caça-níqueis, que estavam em um dos cômodos da residência |  Foto: Marcelo Tavares
 

Cinco pessoas foram presas suspeitas de envolvimento com esquema de controle de máquinas caça-níqueis, na manhã desta sexta-feira (14), na segunda fase da Operação Calígula, deflagrada pelo Ministério Público do Rio. Outras sete foram detidas para prestar esclarecimentos.

A ação aconteceu nas primeiras horas da manhã e a quadrilha foi pega em uma mansão, localizada no bairro de São Conrado, na Zona Sul do do Rio.

As investigações do Ministério Público, através do  dão conta de que essa rede de jogos de azar é explorada pelo bicheiro Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa. Ambos já estão presos.

Mais de R$ 4 milhões foram registrados no sistema de apenas uma das mais de 50 máquinas caça-níqueis
 
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Moradores, que preferiram não se identificar, contaram que no imóvel havia muito barulho e movimentação de veículos até altas horas da madrugada.

Os agentes chegaram na mansão conhecida como São Conrado Las Veras, localizada na Rua Coronel Ribeiro Gomes, por volta das 6h. Eles arrombaram um dos portões para ter acesso ao interior. Os detidos foram levados para a 15ª DP (Gávea) para prestar esclarecimentos.

Agentes penetenciários estariam recebendo pagamento dos contraventores

Investigações realizadas pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), dão conta de que, mesmo após a prisão de Rogério de Andrade e seu filho, Gustavo Andrade, o crime seguiu normalmente em suas áreas de atuação.

Ainda segundo a investigação, alguns agentes penitenciários estão na folha de pagamento dos criminosos. Eles estariam recebendo em troca de favores ao contraventor. Secretaria de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro (SEAP) informou não saber da situação.

"Com relação à matéria divulgada no sítio oficial do Ministério Público do Rio de Janeiro, hoje (14/10), quanto à segunda fase da “Operação Calígula”, a Secretaria de Administração Penitenciária informa que até a presente data, não recebeu comunicação oficial quanto à participação de servidores da pasta em “folha de pagamento” do grupo investigado''.

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