Quarenta minutos de terror em ônibus rumo à Ponte Rio-Niterói

Passageiros de um ônibus viveram momentos de terror, na noite da última sexta-feira (19), enquanto faziam o trajeto Candelária x Alcântara, em um coletivo da empresa Fagundes. Conforme uma das vítimas, assaltantes sequestraram o coletivo e ordenaram que o motorista seguisse até Cidade Alta, no bairro Cordovil, Zona Norte do Rio.

Segundo informações de uma das vítimas que estava dentro do coletivo, por volta de 19h30, quatro criminosos entraram no ônibus na altura da Leopoldina, quando o coletivo contava com, pelo menos, 20 passageiros. Após entrarem, os assaltantes anunciaram o assalto e sequestro, ordenando que o motorista recusasse o acesso à Ponte Rio-Niterói e seguisse pela Avenida Brasil, com destino até a Cidade Alta.

‘’Eles mandaram seguir e subir a (Avenida) Brasil e não subir a ponte (Rio-Niterói). Depois de virar para Avenida Brasil, eles fizeram o terror. Com um deles simulando estar armado, bateram na cara das pessoas, foi muito triste, foi horrível. E foi pior porque a Avenida Brasil estava engarrafada, então eles não tinham mais o que roubar e começaram a roubar até o casaco das pessoas. Foi o pior momento que eu tive na minha vida’’, relatou uma das vítimas, que preferiu não se identificar.

Ainda conforme a vítima, um dos passageiros, um homem, foi agredido com um tapa no rosto por um dos criminosos: "Simplesmente para gerar mais terror’’. Toda abordagem teria durado cerca de 40 minutos.

Quando o coletivo chegou na altura do destino pretendido pelos assaltantes, eles desceram no meio da pista, conforme o relato de uma das passageiras. 

Fiquei muito abalada. O momento foi interminável, não acabava nunca. Quando desci veio o alívio e o desespero. Só pensava nos sequestros dos ônibus

Conforme os relatos, o motorista do transporte, ainda não identificado, ficou ‘’atordoado’’. Não há informações precisas sobre quantos pertences foram levados pelos assaltantes.

Procurada, a Polícia Militar informou não ter sido acionada para a ocorrência, mas não informou se pretende reforçar o patrulhamento no trajeto.

Responsável pela linha, a empresa Fagundes ainda não se pronunciou sobre o caso.