Niterói realizou quase mil prisões em flagrante de janeiro a agosto deste ano, de acordo com dados da ferramenta ISPGeo, do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgados pelo comando do 12º BPM (Niterói). Ao todo, foram 962 autos, o que representa o maior índice dos últimos dois anos. Foram apreendidos também 16 fuzis no mesmo período na cidade.
Segundo o comandante da unidade, coronel Sylvio Guerra, a missão de trabalho tático do Batalhão é baseada em dois pilares: combate ao tráfico de drogas e o aumento da sensação de segurança no município.
"Os números mostram que estamos conseguindo atingir parte dessas metas e fazer com que essas vertentes funcionem. Temos hoje um batalhão proativo, que trabalha em favor da população e da cidade", afirmou o comandante, que foi empossado na unidade em janeiro.
Com base nos dados, nos primeiros oito meses do ano, foram realizadas 962 prisões. No mesmo período de 2018, foram 888. Já em 2017, 855. O número que supera a marca foi somente em 2016, quando 971 pessoas foram presas na cidade.
Quando o assunto é armamento apreendido, o número de fuzis é o mais significativo. Foram 16 retirados de circulação de janeiro a agosto de 2019. Nos últimos três anos, os números são bem menores: nove, em 2018; 13, em 2017; e seis, em 2016.
A apreensão de pistolas também superou marcas. Nos primeiros oito meses de 2019, 149 armas foram recolhidas das ruas. No mesmo período do ano passado, foram 102. Enquanto em 2017 foram 83 apreensões, que já foi uma queda em relação a 2016, com 107.
Índices em queda
Os números de roubos de rua e de veículos apresentaram queda na cidade. De acordo com o batalhão, são estabelecidas metas para controlar os índices de criminalidade. Nos últimos quatro anos, do período de janeiro a agosto, esta foi a primeira vez que Niterói ficou abaixo da meta com relação aos crimes citados.
Foram registrados 2.908 casos de roubos de ruas na cidade, a meta era de 3.622, ou seja, uma diferença de 714 incidências. No mesmo período do ano passado, foram notificados 3.931, o que representa 740 casos acima da média.
O mesmo aconteceu com roubo de veículos. De janeiro a agosto deste ano, foram registrados 1.248 casos, uma baixa de 185 com relação a meta de 1.433. No mesmo período do ano passado, foram notificados 1.566, o que representou uma alta de 84 incidências sobre a meta, que era de 1.482.
O comandante Sylvio Guerra atribui a redução dos índices de segurança à quantidade de armamento e criminosos retirados das ruas da cidade. Grande parte das prisões, segundo o chefe do batalhão de Niterói, foi um desmembramento de quadrilhas especializadas que atuavam há anos na cidade.
"É claro que não tem como mensurar o estrago de uma arma em mãos erradas na rua. Mas se a gente for partir do princípio que uma arma é utilizada para praticar um roubo, a gente diminui então os casos de assaltos na cidade", explicou.
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