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    Intolerância

    Recenseador do IBGE acusa morador de Maricá de racismo

    Crime foi registrado na 82ª DP (Maricá)

    Publicado 18/08/2022 às 15:30 | Autor: Enfoco
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    Funcionário do Censo sofre racismo em Maricá
    Funcionário do Censo sofre racismo em Maricá |  Foto: Reprodução

    A Polícia Militar deteve um homem acusado de ofender de forma racista um recenseador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O caso ocorreu na Rua José Alves da Costa, no Centro de Maricá, quando a vítima abordou o acusado para indagá-lo sobre o Censo deste ano. 

    O acusado, durante a abordagem da vítima, teria chamado o servidor de macaco. A Polícia Militar confirmou o acionamento e contou que agentes do 12° BPM (Niterói) levaram os envolvidos para a 82ª DP (Maricá), onde o caso foi registrado. 

    Acusado teria chamado o servidor de macaco durante a abordagem para o questionário

      

    Procurado, o IBGE informou que "em casos de ofensa, assédio, agressão, qualquer ato de violência, verbal ou física, a orientação aos recenseadores é inicialmente comunicar ao coordenador de subárea ou ao supervisor e registrar um boletim de ocorrência para as devidas providências. Cabe ressaltar que agentes, pesquisadores ou recenseadores do IBGE são servidores públicos federais. Crimes contra eles são sujeitos a investigações federais com base no art. 144, § 1º, inc. I, da Constituição da República Federativa do Brasil. O mesmo art. 144 se aplica quando alguém se faz passar por agente, recenseador ou pesquisador do IBGE. Todos os casos o IBGE repassa à AGU (Advocacia Geral da União). O infrator fica sujeito a penas previstas em lei", diz o comunicado. 

    'Pinta de assaltante'

    Um outro rapaz, que também trabalha como recenseador, mas em Belo Horizonte, alega que sofreu preconceito. Quando a imagem dele foi divulgada em um grupo de Whatsapp de um condomínio localizado no bairro Sagrada Família, na Região Leste de Belo Horizonte, uma moradora afirmou que ele tinha 'pinta de assaltante'. 

    "No meu primeiro dia eu já tive algumas dificuldades, porque dos 20 apartamentos do condomínio, apenas alguns me atenderam. No dia seguinte, uma mulher já havia compartilhado uma foto do meu crachá no grupo de moradores do prédio afirmando que eu tinha 'pinta de assaltante'.  No período de uma semana, eu fui lá 9 vezes e, desse total, 3 apartamentos ainda se recusam a me receber. Fui em horários e dias diferentes, mas sempre aparecem com desculpas. Eles marcam horário comigo, aí quando eu apareço dizem que estão estudando, falam que vão viajar por 15 dias ou inventam qualquer outra coisa", relatou Augusto César Carvalho, ao jornal O Globo.

    Jovem é vítima de preconceito em Belo Horizonte
    Jovem é vítima de preconceito em Belo Horizonte |  Foto: Reprodução

    Em nota, o IBGE apoiou a vítima e informou que encaminhará o caso para a Advocacia Geral da União.

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