Investigação

Restos de bala no corpo de Eloáh serão comparados com armas de PMs

Câmeras corporais também serão analisadas pela perícia

Eloá morreu enquanto estava pulando na cama dentro de sua casa
Eloá morreu enquanto estava pulando na cama dentro de sua casa |  Foto: Reprodução

A Polícia Civil informou, nesta terça-feira (15), que a perícia descobriu fragmentos de projétil no corpo da menina Eloáh, atingida no peito enquanto brincava em casa, no Morro do Dendê, na Ilha do Governador. Esses materias serão submetidos a análises para verificar a correspondência com as balas usadas nas armas dos policiais militares presentes no local quando a criança foi ferida.

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Seguindo as informações do comando da PM, os dois policiais foram afastados de suas funções de patrulhamento e remanejados do batalhão na Ilha do Governador, onde estavam lotados, para garantir maior transparência no processo investigativo.

Além disso, oito câmeras que estavam acopladas nos uniformes dos PMs foram recolhidas para serem analisadas pela Polícia Civil. No Rio de Janeiro, a utilização de câmeras nos uniformes e veículos da polícia foi regulamentada por lei a partir de junho de 2021.

Nesta terça-feira (15), o governador Cláudio Castro e o secretário da Polícia Militar se manifestaram a respeito dos incidentes envolvendo crianças e adolescentes alvejados no estado.

“Nenhum deles foi em operação, foram todos em ronda. A ronda tem seus protocolos muito claros, rígidos e definidos, e a nossa investigação agora é para entender se algum desses policiais fugiu dos protocolos, se fugiu será punido”, disse Cláudio Castro, ao jornal “RJ2”.

“Não existe em nosso manual, nossos protocolos, nenhum tipo de orientação para que a partir do momento que um carro não pare numa abordagem, que ocorra qualquer tipo de disparo. A orientação é cercar, é comunicar via rádio”, disse o secretário da PM, o coronel Luiz Henrique Pires, também em entrevista ao “RJ2”.

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